De janeiro a junho de 2021, a Central 1746 da Prefeitura do Rio de Janeiro já recebeu quase 12 mil chamados relacionados à presença de lixo nas ruas da capital fluminense. Esse número representa uma média de 75 por dia. Do total (11.974), 11.125 são reclamações referentes à remoção em rua e 849 solicitações de limpeza de terrenos baldios.
Para passar na Avenida Ilha das Enxadas, por exemplo, localizada no bairro Bancários, na Ilha do Governador, é necessário que os pedestres contornem o lixo que tomou as calçadas e parte da via e ainda disputem o espaço com carros e ônibus. Vale ressaltar que o local dispões de 3 lixeiras. Ainda na Zona Norte, desta vez em Rocha Miranda, o entorno do Parque Madureira próximo à estação de trem do bairro tem bastante entulho e lixo acumulados.
Já na Zona Oeste, a situação é complicada em diversos pontos. Em Campo Grande, bairro mais populoso do Rio, a Estrada do Moinho, por exemplo, é tomada por entulho, a ponto de não ser possível mais observar a calçada. A cerca de 11km dali, mais precisamente na Rua da Castanha, em Cosmos, a calçada também está quase ”invisível”, tomada por entulho, galhos podados e madeira.
Em Realengo, por sua vez, na Rua Salvador Sabaté, a enorme quantidade de entulho também atrapalha a passagem de pedestres. Problema parecido é visto na Estrada de Curicica, no bairro homônimo. Na altura do número 200, o lixo acumula-se na entrada da Escola Municipal Heitor Seixas, com a sujeira transbordando para a pista e a calçada.
De acordo com a Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb), lixo e entulho são removidos diariamente na cidade. A coleta de entulho, galhadas de podas e bens inservíveis, como móveis, fogões e geladeiras, é realizada de maneira gratuita.
Recentemente, o DIÁRIO DO RIO elaborou uma série mostrando as dificuldades encontradas por moradores de diversas regiões do Rio de Janeiro que não têm o que comer, demonstrando casos, inclusive, de pessoas que se alimentam de ratos e de de resíduos de lixos de presídios.