Recebi a notícia do apoio do Prefeito Eduardo Paes ao Ciro Gomes e ao Rodrigo Neves quando comecei a escrever o artigo da semana. Lupi presente. Triste notícia, porque prova que o Rio continua a prender por aqui a alma do Brizola, referência de quase tudo o que é ruim na cidade e no estado e também por mostrar que o Prefeito perde a oportunidade de ser um líder por si mesmo. A bandeira de seu partido no estado. É uma pena. Eduardo Paes está pronto, tem qualidade e experiência política e administrativa suficientes para ser o cabeça de um grupo político e de um partido e não mais um coadjuvante.
Mas, sigamos o caminho que tracei para o texto de agora.
Em 1989, Fernando Collor de Mello foi eleito Presidente da República e no Estado do Rio de Janeiro obteve três vezes menos votos que Lula. Em 1998, Fernando Henrique Cardoso foi eleito presidente no primeiro turno, com apenas três mil votos a menos que Lula no estado. Em todas as outras eleições os cariocas e fluminenses deram ao vencedor uma larga margem de votos sobre o derrotado. Confira:
- 1994: Fernando Henrique – 3.102.664 votos
Lula – 1.689.772 votos
- 2002: Lula – 6.318.104 votos,
Serra – 1.682.472 votos
- 2006: Lula – 5.532.284 votos
Alckmin – 2.406.487 votos
- 2010: Dilma – 4.934.077 votos
Serra – 3.223.891 votos
- 2014: Dilma – 4.488.183 votos
Aécio – 3.681.088 votos
- Bolsonaro – 5.669.059 votos
Haddad – 2.673.386 votos.
Além de votos, o povo do estado envia dinheiro para o trabalho dos presidentes. Quase 15% do que é arrecadado pela União acontece aqui.
Diante disso, seria de se esperar que os presidentes e a presidente tivessem dado ao povo do estado algum reconhecimento. Mas, o Rio, cidade e estado, sequer na retórica das campanhas estiveram presentes e pelo andar dos movimentos essa prática permanece. O Rio foi esquecido mesmo quando, recentemente, por coincidência, os três poderes da União estiveram sob o comando de gente daqui.
Paulo Guedes, o ministro forte da Economia, passeia em Ipanema, curte o nascer e o pôr do sol e ponto final. Jair Bolsonaro faz de São Paulo e do nordeste a sua avenida. Rodrigo Maia bateu asas. Fux está lá, mas ainda não está aqui. As agendas do Rio não são a agenda dele.
Quando assumem a função, os presidentes cobrem o Rio com eventos internacionais, porque a cidade lhes oferece o melhor palco do mundo. E, nós, aqui, ficamos agradecidos, festejamos, sem exigir as contrapartidas essenciais para fazer dos eventos, pelo menos, legados permanentes. Fazemos as festas, colocamos os presidentes nos palcos, batendo palmas para os ministros e quando tudo termina, ficamos com o dever de, sozinhos, dar um jeito na casa.
E vejam que o Rio precisa de pouca coisa. Eu diria de uma coisa só: que a União cuide do que lhe cabe na Segurança Pública, assim como faz no tempo dos eventos internacionais. E onde está o nosso problema na segurança pública?
Há os que dizem ser o fato de, entre o povo, uns serem ricos demais e outros pobres miseráveis. Se for esse o problema, podemos cuidar dele nós mesmos. Basta que se acabe de uma vez por todas com a naturalidade com que as armas estão nas ruas, em todo canto. E o modo como se faz grande fortuna aqui originada no crime. Armas e lavagem de dinheiro!
As armas são os instrumentos de valentia das milícias, dos traficantes, do abuso de autoridade e das facções. Olhe lá a quem cabe evitar isso. Está com todas as letras numa lei de 2003, a 10.828.
Para evitar que o dinheiro ilegal corra fácil para financiar as armas, há os olhos do Conselho de Controle das Atividades Financeiras, COAF, que já esteve no Ministério da Segurança Pública e Justiça e por hora nem sei por onde anda, porque, na queda de braço entre Guedes e Moro deve ter ido bater no Banco Central.
Mas, o COAF fez notícia por aqui, mas só para dizer que existe um Senador, que quando deputado, junto com os colegas, tomou dinheiro de quem trabalhava para eles. É o COAF, no papel de partido político de oposição.
O Rio precisa que seus líderes exijam mais dos presidentes.
Até a próxima.
O RIO DE JANEIRO, capital e interior, PRECISA de mais, muito mais GENTE HONESTA na política e na Administração Pública. Só a vontade das pessoas decentes e trabalhadoras consegue transformar boas ideias e o conteúdo de leis em ações objetivas para o desenvolvimento econômico e social de uma comunidade. Economia que gera renda e emprego só pode ser bem conduzida por pessoas honestas. Uma sociedade somente é ordeira, pacífica e progressista se for bem liderada por pessoas honestas e de bons propósitos. Rachadinha é roubo de dinheiro público cinicamente transformado em “prática usual” do dia a dia da Política. Ou seja, o que o Estado e a cidade do Rio de Janeiro precisam não é de esmola do Governo Federal e sim de gente honesta para trabalhar e se impor, pelo seu trabalho junto a qualquer Presidente “de plantão” na orgia corrupta de Brasília!
O autor do texto tem 2 diplomas, mas ou não conhece nada da história do RJ e de Brizola ou é um tremendo preguiçoso em pesquisar…
Quantos governadores de DIREITA passaram depois do Brizola e/ou nada fizeram pelo estado/cidade ou dilapidaram o patrimônio do estado. O t?afico e a milícia cresceram nos últimos 25 anos, nesses governos de direita, mesmo subindo o morro para matar pobre, preto e favelado, que é o que falavam que o BRIZOLA não fazia, matar pobre. Por que será? Vínculo do Estado com a bandidagem?! Hoje temos um ex governador, não é o “descobridor” do Brasil, preso por corrupção e um outro ex juiz, que sofreu impeachment, pelo mesmo caso, fora outros que ainda tentam alguma coisa, mas são mais sujos que pau de galinheiro.
A quase dissolução do COAF foi por conta das RACHADINHAS de uma tal “familícia”, com intervenção do BOZO e MORO.
Ps: Lembrando que o Brizola, juntamente com DARCY RIBEIRO, teve um dos melhores projetos educacionais do país ( CIEP/BRIZOLÃO), destruído pela DIREITA, para variar, pois não suportaram a idéia de ter uma escola de excelência, PARA POBRE, “batizada” com o nome desse governador.
O texto estava bom até o colunista defender rachadinha e atacar o COAF. E falar que o Rio só precisa de segurança é desconhecer o estado. Precisamos de investimentos nos hospitais federais e de obras de infraestrutura que sem o apoio da União, não vão sair do papel.