Em uma iniciativa pilotada pelo Opportunity Fundo de Investimento Imobiliário e pela Sergio Castro Imóveis, pela primeira vez em mais de 20 anos a tradicional rua da Carioca vai ganhar um novo restaurante, no número 11, juntinho ao largo do mesmo nome. A região promete: deve se tornar um polo gastronômico e de diversão no Centro.
Será mais uma filial do incensado Capitu, que já funciona no Shopping Paço do Ouvidor, na Galeria Andradas 21 e com matriz na rua do Mercado, esquina de rua Ouvidor, onde ocupa dois imensos sobradões tombados pelo Iphan que foram restaurados à perfeição pelo restaurateur Renan Ferreira, que promove noites de samba que tem enchido todos os locais onde estabelece seu negócio. Alem de música, a gastronomia e os drinks de espírito carioquíssimo têm atraído centenas de frequentadores até mesmo aos sábados. Segundo ele, a inauguração deve ocorrer até o fim de agosto.
O Opportunity também alugou algumas lojas para a Caixa Econômica Federal, mas numa iniciativa que teria partido de apelos da prefeitura, a idéia do fundo é promover a locação com prazos de carência maiores que o habitual, para possibilitar que os negócios efetivamente aconteçam e a rua recupere o movimento. A tradicional Sergio Castro imobiliária mandou confeccionar placas de “aluga-se” em estilo retrô, em madeira, e colocou em todos os imóveis vazios da histórica rua de comércio, e está prospectando inquilinos comerciantes para a região. A idéia seria dar esses prazos de carência maiores apenas para negócios que atraiam pessoas, passantes e freqüentadores para a rua da Carioca.
“O Capitu se comprometeu a realizar eventos musicais para atrair pessoas pro local, e isso sensibilizou o Fundo”, disse Wilton Alves, diretor de locações da imobiliária quase centenária. Segundo ele, todos que tiverem interesse em investir na rua, com negócios que atraiam pessoas para o local, terão da empresa e do próprio proprietário a boa vontade de analisar propostas que levem em conta a dificuldade inicial de se instalar num ponto cujo movimento começa a aumentar só agora.
Wilton disse que se encontra em negociações com uma grande choperia, uma hamburgueria e um outro bar, e que com o arrefecimento da pandemia, tem recebido cada vez mais visitas e atendimentos de interessados em abrir negócios por ali.
Há alguns anos grande parte dos imóveis da Venerável Ordem Terceira (uma associação de fiéis católicos mas que não é parte integrante da Igreja Católica Romana) foram vendidos ao Opportunity, após a ordem ter contraído um empréstimo junto a um outro banco, e estar com dificuldade de saldar as dívidas. Assim, o atual proprietário adquiriu quase todas as lojas do lado ímpar da rua da Carioca, que à época eram alugados pela instituição a preços simbólicos a inquilinos antigos e novos, em dissonância com os valores de aluguel praticados no restante do Centro.
Para alugar lojas na rua da Carioca:
Sergio Castro Imóveis – 21-2272-4422
wilton.alves@sergiocastro.com.br
Só comércio não adianta. Precisa adensar a região da Praça Tiradentes e adjacências com projetos residenciais para estimular maior fluxo de pessoas andando por aquela rua.
A Rua da Carioca vive o mesmo drama que uma das melhores casas de shows do Rio de Janeiro, o Canecão, que está em total abandono.
É uma boa iniciativa da Sergio Castro e do Bancp. No entanto, volto a dizer, enquanto não decretarem o fim do home office, o comercio, setpr de transportes, servicos vai funcionar de forma fraca. Hoje voce ten empresas como Petrobras com empregados em casa até hoje mesmo com encerramento da pandemia. O home office destruiu o comercio e a renda das pessoas e vai destruir a economia carioca.
Não foi o home-office que destruiu o comércio, mas sim a inércia dos governantes que por anos não tomaram a iniciativa de adensar a região central com moradores(uma coisa que se falava á décadas, mas ninguém mexeu pauzinho sequer). Só agora em 2022 é que está sendo construído residências no Centro. Precisou uma pandemia para abrir os olhos dessa gente.
Como foi comentado anteriormente neste post, a rua da Carioca deve ser uma rua de pedestres que se integre ao Largo da Carioca e os demais quarteirões que já estão assim( rua Uruguaiana e adjacências) no estilo de cidades europeias e até mesmo da vizinha Buenos Aires ( Argentina). A construção de empreendimentos residenciais no Centro, irá alavancar esta nova realidade.
E o Bar Luiz? Só falam dos novos. Vamos promover o que ainda restou da Rua da Carioca dos antigos.
Esse mesmo fundo que ajudou a fechar o bar Luiz (melhor comida alemã do RJ), o bar Flora, a confeitaria e outras lojas tradicionais da rua da Carioca?
Duvido!!!
Ajudaria se eles deixassem de querer espoliar os comerciantes da rua da Carioca, com aluguéis escorchantes que provocaram o fechamento da maioria dos comércios daquela rua.
A rua da Carioca só renascerá se for transformada em rua para pedestres, num bom calçadão, com bares, cafés, restaurantes, sorveterias, docerias, e empórios, bem no estilo ‘arte renascentista’, dando aos cariocas uma vila gastronômica que ligue o Largo da Carioca à Praça Tiradentes.
Espero que o Bar Luis sobreviva
Quando ganância substituído espírito humanitário,o resultado é esse,o mau que se faz volta contra si Próprio!
Acho até graça quando se fala “sensibilizou o Fundo”…
Quando compraram os imoveis irregularmente, não tiveram nenhuma sensibilidade em despejar negócios centenários aumentando o valor dos aluguéis em alguns casos em 1.000%.
Exatamente, preferiram que empresas fechasssem, pessoas perdessem o emprego e imóveis ficassem fechados apenas pq queriam um valor de aluguel longe do razoável. Mas tem gente que aplaude esse tipo de capitalismo…
Isso mesmo, vc está correto!
Devem estar querendo “revitalizar” a rua da Carioca, cobrando os aluguéis aviltantes, pq devem estar tomando na cabeça, com os imóveis fechados…que na realidade ajudaram a sabotar e fechar,!!!