Uma pesquisa recente da Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado do Rio de Janeiro (Arpen/RJ) aponta que, na última década, houve uma significativa redução em território fluminense em relação a mulheres que alteram seus nomes de solteiras quando se casam.
Em 2002, ano em que passou a ser facultativo pessoas do sexo feminino acrescentarem ou não o sobrenome dos seus respectivos companheiros no ato do matrimônio, por exemplo, 46,5% delas realizavam a alteração. Já entre 2011 e 2020, esse índice caiu para 25%.
”Um dos principais motivos [mudança de paradigma] é a questão de afirmação da autonomia da mulher. Ela não depende mais do nome do marido para ser afirmar perante a sociedade. Ela consegue fazer isso com o próprio nome”, explica o presidente da Arpen/RJ, Humberto Monteiro da Costa.
Vale ressaltar, porém, que, apesar da ”nova perspectiva”, a quantidade de mulheres que trocam seus nomes ainda é superior às que mantêm.
Em 2021, o município do Rio, especificamente, teve 12.469 mulheres que alteraram o nome, enquanto que 9.771 preferiram manter os nomes originais.
Número de mulheres em 2021 que alteraram nome após casarem
- Rio de Janeiro – 12.469
- Nova Iguaçu – 2.541
- São Gonçalo – 2.395
- Duque de Caxias – 2.132
- São João de Meriti – 1.797
- Belford Roxo – 1.749
- Niterói – 1.159
- Campos dos Goytacazes – 1.149
- Magé – 991
- Petrópolis – 929
Número de mulheres em 2021 que mantiveram nomes de solteira após casarem
- Rio de Janeiro – 9.771
- Duque de Caxias – 1.357
- Nova Iguaçu – 1.299
- São Gonçalo – 1.041
- Campos dos Goytacazes – 1.015
- Niterói – 991
- Belford Roxo – 640
- São João de Meriti – 602
- Volta Redonda – 565
- Macaé – 522