Quintino: Governador tem de escolher o mais votado para o MPRJ

Para evitar uma crise institucional no MP do Rio de Janeiro, o governador Cláudio Castro tem a obrigação de escolher a mais votada da lista

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A cada dois anos o governador do Rio de Janeiro escolhe o Procurador-Geral do Ministério Público do Rio de Janeiro, que vem a partir de uma lista tríplice. A atual escolha, em particular, tem grande peso, não só social, pois o nome que ocupar o cargo cuidará de casos como o assassinato de Marielle Franco e Rachadinhas, casos de proporções nacional, mas também política. Isso porque é a primeira vez em que um Procurador-Geral de Justiça, Luciano Mattos, não ocupa o primeiro lugar da lista tríplice ao tentar a reeleição. Dessa vez, o atual Procurador-Geral ocupa o segundo lugar da lista, fato que demonstra efetiva rejeição à sua gestão.

Os membros do MP escolheram a candidata Leila Costa como sua futura Procuradora-Geral, ficou em primeiro lugar com mais de 46% dos votos. Além disso, nunca uma mulher ficou em primeiro lugar na lista tríplice do MPRJ, simbolizando um importante passo para a instituição. Que caso seja escolhida pelo governador Cláudio Castro, será a primeira vez que o MP do Rio terá uma mulher na liderança.

A escolha pelo mais votado é um dogma institucional, que encontra apoio em compromisso formal assinados pelos próprios candidatos e sempre foi respeitado pelos governadores, inclusive pelo próprio Claudio Castro na escolha do próprio Mattos, para o biênio de 2020/2022. O próprio ocupante do cargo era um dos maiores defensores, na época, da escolha do mais votado.

Há um forte movimento institucional de apoio à mais votada, que oferece ao governador Claudio Castro uma escolha clara para evitar uma crise institucional e futuras relações conturbadas com o MPRJ. Caso Castro escolha outro nome, pode abrir uma crise sem precedente dentro do MP do Rio, politizando-o e voltado a interesses particulares. O que aconteceu domingo, 8/1 em Brasília, mostra que nunca precisamos tanto de instituições fortes e independentes.

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2 COMENTÁRIOS

  1. Interessante que a candidata que foi amais votada se recusou em assinar o compromisso referido na reportagem: “A escolha pelo mais votado é um dogma institucional, que encontra apoio em compromisso formal assinados pelos próprios candidatos “

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