Praias da Ilha de Paquetá voltam a ser consideradas próprias para banho

Um estudo do Inea revela que as praias da Imbuca, Moreninha e José Bonifácio apresentaram resultados positivos nas análises durante semanas consecutivas. Balneabilidade pode chegar aos 70%

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O Parque Natural Municipal Darke de Mattos, em Paqueta. Foto: Alexandre Macieira / Prefeitura do Rio

Um levantamento do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) revela que algumas praias da Ilha de Paquetá estão próprias para banho novamente. As praias Imbuca, Moreninha e José Bonifácio apresentaram resultados favoráveis durante semanas consecutivas e podem refletir sobre a melhora na qualidade da água de toda a Baía de Guanabara.

As águas na Pedra da Moreninha possuem a melhor qualidade, até o momento. O local vem apresentando testes positivos consistentes, permitindo que os banhistas pulem no mar do alto da famosa pedra.

Já as praias de Imbuca e José Bonifácio atingiram uma balneabilidade de 50% a 70% nas análises semanais. De acordo com o Inea, a qualidade da água, nessas duas regiões, vivem em um sobe e desce de resultados dependendo do movimento das marés.

Instabilidade

De acordo com Leonardo Fidalgo, gerente de Informações Hidrometeorológicas e de Qualidade das Águas do Inea, a situação ainda não está nem próxima do ideal, mas a melhora é perceptível.

O especialista explica que em Paquetá, a água limpa, que vem do mar aberto, se encontra com a água mais poluída, vinda do interior da Baía e da Baixada Fluminense, e essa mistura torna a ilha um local muito vulnerável às mudanças das marés. “A qualidade da água em Paquetá pode mudar várias vezes, até no mesmo dia. Apesar dos resultados positivos, a situação das praias ainda é muito instável, e os banhistas precisam ter cautela”, afirma Fidalgo.

Águas do Rio

A Ilha de Paquetá foi uma das áreas onde a concessão dos serviços de água e esgoto foi repassada da Cedae para a companhia privada Águas do Rio. A concessionária recebeu um prazo de 5 anos para melhorar a qualidade da água na Baía de Guanabara, já que controla os sistemas de esgoto de 124 bairros da cidade do Rio e de todos os municípios que cercam a baía, com exceção de Niterói e Guapimirim.

Segundo a empresa, antes do início da concessão, alguns sistemas não estavam funcionando e despejavam esgoto sem tratamento nas águas da baía. A Águas do Rio prometeu a construção de uma tubulação subaquática que vai conectar o esgoto da ilha com a estação de tratamento de São Gonçalo. Está prevista ainda a instalação de um cinturão de galerias para evitar que qualquer tipo de esgoto chegue às praias.

“A água da baía não vai ficar totalmente limpa com essas medidas. São anos de trabalho e muitos fatores que precisam funcionar em conjunto, mas podemos sim reduzir os fatores poluentes”, afirmou Silvan Andrade, diretor operacional da Águas do Rio.

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