Boas notícias para quem busca aluguel por temporada na cidade do Rio de Janeiro para as festividades do fim de ano e Carnaval. O segmento tem se mostrado aquecido desde o fim da pandemia, principalmente com a retomada da agenda de eventos da capital fluminense e o aumento do turismo.
A expectativa de proprietários que disponibilizam seus imóveis para as festividades de fim de ano é positiva. A projeção do Conselho Nacional dos Corretores de Imóveis (Creci-RJ), é que até o Réveillon e Carnaval a ocupação das vagas por temporada, que hoje está na casa dos 70%, alcance a marca importante de 100%.
A Zona Sul continua como foco de quem deseja passar a virada do ano na capital. Copacabana, Ipanema e Leblon lideram o ranking entre os bairros mais procurados. Contudo, a Barra da Tijuca, na Zona Oeste, tem registrado crescimento no segmento de locação por temporada. A região, especialmente a orla, entrou de vez no radar dos turistas que buscam passar alguns dias na Cidade Maravilhosa.
“Quando acontecer o show da Taylor Swift no final de novembro, eu certamente chegarei em 100% de ocupação nos imóveis que tenho disponíveis. Foi o que aconteceu no final da Libertadores e no show do Red Hot Chilli Peppers. Em estações como o verão eu tenho sempre 100% de ocupação”, disse Iury Gaspar, corretor de imóveis especializado em locação por temporada.
O DIÁRIO DO RIO mostrou que o Rio teve um aumento de 18,2% com o turismo no último feriado prolongado. Na ocasião, o município recebeu diversos grandes eventos, como a final da Copa Libertadores, entre Fluminense e Boca Juniors, que atraiu cerca de 100 mil argentinos. Além disso, os shows do cantor Roberto Carlos e da banda americana Red Hot Chilli Peppers também atraíram visitantes. Para os próximos dias, as apresentações do grupo pop RBD também devem trazer um grande número de viajantes para o Rio.
Segundo Iury, a ampla maioria dos turistas que estão procurando imóveis por temporada é do Brasil, com destaque para paulistas e mineiros. O turismo doméstico vem se repetindo a cada ano na cidade do Rio de Janeiro, seguido de argentinos, franceses, americanos e asiáticos. Com uma carteira diversificada de imóveis, o corretor atende aos públicos mais diversos, mas ressalta que os estrangeiros são mais dispostos a pagar além da média de mercado, aquecendo muito o segmento.
“O perfil de público que busca imóveis por temporada é variado, composto por jovens, famílias, casais, sendo as unidades mais buscadas desde os pequenos (22 a 30m2) aos de dois ou três quartos”, acrescenta.
Pensando nesse mercado que está em franca expansão, o presidente do Creci-RJ, Marcelo Moura deu algumas dicas para quem quiser alugar um imóvel por temporada e não quer ter dor de cabeça na hora de fechar negócio. Para Moura, é preciso estar atento. É comum que muitos golpistas se aproveitem da oportunidade porque a locação por temporada é um tipo de negócio difícil de evitar contratos à distância. Confira alguns alertas do CRECI:
- É importante se certificar que a pessoa que está atendendo é um corretor de imóveis: exija a apresentação do registro profissional do corretor. Segundo, não caiam em ofertas mirabolantes, pois não existe preço abaixo do mercado.
- Por fim, a gente sempre aconselha que o cliente peça ao corretor pra ir até o imóvel e que, de lá, faça uma chamada de vídeo para a confirmação de existência tanto do corretor quanto do imóvel, além de nunca efetuar nenhum tipo de transferência ou pagamento antes de ter todas essas certezas.
Sites especializados em locação por temporada de maneira geral são boas garantias neste caso. Desconfie de anúncios em sites grátis, não especializados ou em outras mídias. Caso o imóvel seja novo, verifique os comentários de usuários e outros imóveis do anfitrião ou da empresa anunciante.
É isso verdadeiro absurdo!
Apenas pessoas pouco inteligentes ou gananciosas que consideram aceitável que moradia seja algo que possa ser aceitável. E ainda mais como destinação ao turismo de temporada quando tem os hotéis, pousadas no setor… Chega de rentismo!
Muito cuidado ao celebrar esses dados: este novo “segmento de mercado” na verdade mascara uma tática nociva e danosa, pois imóveis que até então serviam como residências tradicionais vão virar pontos de paragem, gradualmente substituindo o mercado de hotelaria. Os efeitos disso são duplamente pérfidos: aumento do valor dos imóveis (mais especulação imobiliária) e redução do mercado de hotelaria, provocando desemprego e perda de receita com impostos.
Mais uma vez, grandes investidores agem para tornar a nossa vida um inferno. Não se deixem iludir!