O Rio de Janeiro, entre muitas outras coisas, é famoso por suas vias e avenidas que revelam inesquecíveis caminhos. Tudo isso começou com a Ladeira da Misericórdia, a primeira rua pública da Cidade Maravilhosa.
A Ladeira da Misericórdia foi aberta no ano 1567, quando a cidade do Rio de Janeiro foi transferida do Morro Cara de Cão, na Urca, para um local mais seguro, menos vulnerável e mais difícil de sofrer invasões: o Morro do Castelo.
Tudo começou quando os homens comandados por Estácio de Sá abriram um caminho chamado de Caminho de Manuel de Brito, porque esse percurso se estendia mais ou menos até as terras pertencentes a um homem que tinha esse nome.
Esse caminho foi o embrião da Ladeira da Misericórdia, que começou a ser calçada e preparada para ser o principal acesso ao Morro do Castelo, que nessa época se resumia a todo o território físico que viria a ser a cidade do Rio de Janeiro. Nesse período, a rua tinha cerca de 500 metros.
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Com mais de meio século de tradição no mercado imobiliário da Cidade do Rio de Janeiro, a Sergio Castro Imóveis apoia construções e iniciativas que visam o crescimento e desenvolvimento da Cidade Maravilhosa sem que as características mais simbólicas do Rio se percam.
“Dois escravos e uma mula iam fazendo o calçamento ‘pé de moleque’ da rua, que recebia esse nome por ser composto de pedras irregulares, de tamanhos diferentes” frisou o geógrafo João Mello em uma matéria do site do jornal O Globo.
A Ladeira da Misericórdia chegou a ser chamada de Ladeira do Descanso, mas essa denominação não durou muito tempo. Isso porque no largo da Ladeira ficava a Igreja da Misericórdia – também chamada de Nossa Senhora de Bonsucesso.
Com muita história para ser contada, a Ladeira da Misericórdia abrigou prédios de extrema importância para a história do Brasil. No ano 1878, quando foram cadastrados e renumerados todos os imóveis da cidade do Rio de Janeiro, a Ladeira da Misericórdia tinha onze prédios.
Na Ladeira da Misericórdia funcionou a primeira Alfândega, a primeira cadeia, a primeira câmara e o primeiro tribunal da cidade do Rio. Em 1823 foi instalada, também, a primeira Assembleia Constituinte do Brasil independente – o primeiro Legislativo Nacional.
Em 1922, a Ladeira da Misericórdia praticamente acabou. Após a demolição do Morro Castelo sobrou apenas uma parte da via: “Restaram 40 metros para ser sustentáculo da Igreja Nossa Senhora de Bonsucesso” diz o geógrafo João Mello.
“Hoje, resta apenas um pedaço da Ladeira da Misericórdia, único remanescente da antiga ligação com o Morro do Castelo e pode-se pensar que este pedaço da Ladeira, não leva a lugar algum, mas não é verdade. Ela leva a um passeio àqueles tempos em que por ela subiam e desciam os moradores do Morro do Castelo, levam aos primórdios desta cidade tão grandiosa” destaca um trecho de um artigo do site de pesquisa Marcillio.com.
É uma pena, que o brasileiro, especialmente, o carioca, uma vez que, estamos falando da Ladeira da Misericórdia,a primeira artéria pública do Rio de Janeiro, não tenha herdado de seus colonizadores, o senso de preservação, e, por conta disso, já botou abaixo, quase toda Edificação história do Rio de Janeiro. Digo isso, porque Lisboa encontra-se, como há 500 (quinhentos) anos, e nem por isso, a cidade deixou de crescer e se desenvolver. Lamentável, parece praga de Madrinha, até o Museu Nacional foi destruído pelo fogo.