Por mês, em média, 97 casos de racismo são registrados no estado do Rio, segundo dados do Instituto de Segurança Pública, divulgados pela Secretaria de Estado de Direitos Humanos e Políticas para Mulheres e Idosos (SEDHMI). Nos últimos nove meses foram 837 vítimas de injúria por preconceito e 43 sofreram preconceito de raça ou de cor.
Em geral, o crime de injúria está associado ao uso de palavras depreciativas referentes à raça ou cor com a intenção de ofender a honra da vítima. Já o crime de racismo implica conduta discriminatória dirigida a determinado grupo ou coletividade e, geralmente, refere-se a crimes mais amplos.
Para combater o preconceito e promover a conscientização da população sobre o tema a SEDHMI lança a campanha “Não é elogio, é preconceito”. A partir da próxima segunda-feira (20), dia da Consciência Negra, a Secretaria de Direitos Humanos divulgará nas redes sociais vídeos animados e imagens para serem compartilhadas mostrando que o preconceito racial sofrido pelos negros e negras no dia a dia, ao ouvirem frases como “Nossa, seu cabelo é macio, achei que era duro” ou “Você tem os traços finos e delicados”, não é elogio, mas sim preconceito.
“É inaceitável que os negros ainda vivenciem casos de racismo em nossa sociedade. O racismo existe e se manifesta muitas vezes de forma velada em supostos elogios. Por isso, campanhas como essa são fundamentais para conscientizar a população e combater o preconceito racial, que é crime“, diz o secretário de Direitos Humanos Átila Alexandre Nunes (lembrando que ele estava licenciado e voltou a favor de libertar Jorge Picciani e os outros dois deputados).
Em agosto deste ano a SEDHMI lançou o Disque Combate ao Preconceito. Através do telefone (21) 2334 9551, a população pode denunciar e pedir auxílio à equipe técnica da secretaria de Direitos Humanos. O serviço funciona de segunda a sexta-feira, das 10 às 16h.