8 edifícios residenciais mais charmosos do Rio

O DIÁRIO DO RIO preparou uma lista dos prédios mais charmosos da cidade, que certamente merecem um lugar no seu roteiro arquitetônico

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Andar pelo Rio é como percorrer uma galeria de arte a céu aberto, repleta de tesouros arquitetônicos que refletem a história e a diversidade cultural da cidade. Principalmente no eixo Tijuca – Centro – Zona Sul, a construção civil se consolidou há muitos anos, desde a década de 1960, apresentando exemplares icônicos de uma variedade de estilos arquitetônicos. Entre esses estilos, o Art Déco se destaca como o grande protagonista.

A paixão do Rio pelo Art Déco começou a se desenhar entre as décadas de 1920 e 1950, quando esse estilo francês chegou à cidade pelo mar. Embora suas raízes estejam na França, foi no Rio que o ele encontrou um terreno fértil para florescer e se destacar, perdurando até a década de 1960. O estilo, conhecido por suas linhas geométricas, elegância e sofisticação, moldou grande parte da paisagem urbana carioca, do Centro à Copacabana.

Pensando nisso, o DIÁRIO DO RIO preparou uma lista dos prédios mais charmosos da cidade, que certamente merecem um lugar no seu roteiro arquitetônico.

1 – Edifício Biarritz (Flamengo)

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O Edifício Biarritz, projetado em 1940 por Henri Paul Pierre Sajous, é um dos queridinhos do Rio em estilo Art Déco. Localizado na Praia do Flamengo, sua fachada se destaca pelos balcões arredondados com dupla curvatura, frisos detalhados e grades ornamentadas.

Cada apartamento, com 300 m², inclui varandas e três quartos com vista para um jardim “secreto” em estilo francês, projetado por Burle Marx. Os valores dos apartamentos podem ultrapassar os R$ 4 milhões.


2 – Edifício Seabra (Flamengo)

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Há quem ache feio, há quem ache lindo, mas, definitivamente, não há quem seja indiferente a esta construção. O edifício Seabra, no Flamengo, é mais uma marca da arquitetura da cidade do Rio de Janeiro. Inaugurado em 1931, o prédio ajudou a mudar a concepção de moradia no Rio de Janeiro. Até esse período, os casarões eram adorados por pessoas com maior poder aquisitivo, em detrimento aos belos prédios que cresciam pela cidade.

Toda a exuberância externa do prédio lhe rendeu comparações com o prédio Dakota, em Nova York. É chamado de “Dakota Carioca”. Na parte interna, a delicadeza e a riqueza de detalhes impressionam. O hall divide-se em duas alas, com escadarias de mármore italiano de degraus amplos, e nas paredes há desenhos geométricos com aplicações em ouro.

Em 1995, o Edifício Seabra foi tombado pela Prefeitura do Rio.


3 – Edifício Lellis (Copacabana)

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As obras do Edifício Lellis-São Paulo começaram em 1928. O estilo neoclássico chama a atenção pelo requinte de seus detalhes arquitetônicos. O prédio na orla de Copacabana foi inaugurado em 1931. Na época foi chamado, inicialmente, de Palacete São Paulo. É considerado o residencial mais antigo da Avenida Atlântica.

Inaugurado com 8 andares, dez anos mais tarde ganhou o nono andar, onde hoje existe um amplo terraço comum que é uma espécie de mirante dos moradores. Uma marcante característica do prédio é seu imenso hall de elevadores que existe em cada andar, com vista para o Mar e o posto 6, e piso de ladrilhos hidráulicos que formam mosaicos. O prédio tem segurança e porteiros 24 horas, e teve toda sua rede elétrica trocada recentemente, com direito a um grande aumento de carga e a construção de novos ramais elétricos com aterramento.


4 – Edifício Guahy (Copacabana)

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O Edifício Guahy, construído em 1932, está localizado na Rua Ronald de Carvalho, 181, esquina com a Rua Ministro Viveiros de Castro, em Copacabana. É um raro exemplo de Art Déco e quase foi demolido após anos de abandono, mas foi salvo por um decreto de tombamento em 1990 e posteriormente restaurado. Durante a reforma, suas características originais, como o revestimento em pó-de-pedra, foram preservadas. Após alguns anos de obras, o edifício foi ocupado por novos moradores, e cada uma das 15 unidades foi vendida por cerca de R$ 100 mil.

Com apenas quatro andares, o Guahy, projetado por Ricardo Buffa, impressiona pelas linhas retas e volumes prismáticos que parecem saltar do edifício. Sua entrada, na Ronald de Carvalho, evoca um cocar indígena, exemplificando o diálogo entre a temática decorativa Art Déco e a cultura nacional.


5 – Edifício Baguari (Leblon)

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Localizado na Rua General Urquiza, 161, no Leblon, o Edifício Baguari foi construído em 1947 pelos arquitetos Estevão G. da Silva e Otávio da Costa Marques. Com seis amplos apartamentos, dois por andar, quatro deles pertencem à mesma família. O hall de entrada, com piso de mármore rosa, exala luxo e tradição.

O charmoso prédio em estilo colonial serviu de inspiração para a moradia da personagem Helena, interpretada por Julia Lemmertz, na novela “Em Família” de 2014, escrita por Manoel Carlos.


6 – Edifício Águas Férreas (Laranjeiras)

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Localizado na Rua das Laranjeiras, 550, o Edifício Águas Férreas marca a transição entre os bairros de Laranjeiras e Cosme Velho. Projetado pelo arquiteto Mário Marcelino Pinto e construído pela FL Campos, sua construção começou em 1939 e foi concluída em 1945, atrasada devido à Segunda Guerra Mundial.

O edifício de 15 andares, com 75 apartamentos que variam de 144 a 170 metros quadrados, foi erguido no terreno da antiga residência da família Ottoni. Com uma fachada neoclássica adornada por colunas e sacadas, o Águas Férreas é uma das construções mais impressionantes do Rio. Um lago de carpas na entrada principal destaca-se como um de seus maiores atrativos. Ao longo de quase 80 anos, o prédio foi lar de diversos políticos, governadores e artistas.


7 – Edifício Praia do Flamengo

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Inaugurado em 1925, o Edifício Praia do Flamengo é uma elegante réplica de um edifício parisiense, projetado por um arquiteto que trouxe um toque da França para o bairro do Flamengo. O edifício compete em beleza com seus vizinhos, o Seabra e o Biarritz.

Localizado na esquina com a Rua Corrêa Dutra, a construção foi o primeiro edifício a ser erguido na Orla do Flamengo. Encomendado pelo empresário Octávio Guinle, ele apresenta um estilo parisiense com telhados em mansardas renascentistas. Com 10 andares e uma fachada detalhada, o prédio é tombado pelo Instituto Rio Patrimônio da Humanidade desde 2008. Seus apartamentos oferecem vistas deslumbrantes para a Baía de Guanabara, o Aterro do Flamengo, o Pão de Açúcar e Niterói.


8 – Edifício Lage (Glória)

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Localizado na Rua do Russel, na Glória, o Edifício Lage foi construído em 1925 pelo industrial Henrique Lage. Com uma bela fachada de inspiração italiana e estilo eclético. Henrique Lage, casado com a cantora de ópera Gabriela Bezanzoni Lage, também era proprietário da mansão que deu nome ao Parque Lage.

O edifício apresenta colunas na fachada, amplas janelas — algumas quadradas, outras em arco — e parapeitos com grades de cimento. Apesar da imponência da fachada, a portaria é modesta, com dois arcos e uma pequena escada levando aos elevadores. Voltado para o nascente, os andares superiores oferecem uma linda vista da Baía de Guanabara e da Praça Paris.

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