Imagem histórica do Pai Eterno pode ir para o Museu de Arte do Rio (MAR)

A imagem, que estava sendo leiloada por R$ 900 mil, pertenceu à antiga Igreja de São Pedro dos Clérigos, demolida no Centro. A Prefeitura do Rio desapropriou e tombou o bem histórico

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A imagem do Divino Pai Eterno, originalmente pertencente à antiga Igreja de São Pedro dos Clérigos, pode ganhar um novo lar no Museu de Arte do Rio (MAR), na Praça Mauá. Após a Prefeitura do Rio desapropriar e tombar a figura, junto com outras duas outras peças, elas estão a caminho de serem expostas para apreciação pública.

A peça central, uma escultura do Divino Pai Eterno esculpida pelo Mestre Valentim, estava prestes a ser leiloada por R$ 900 mil em São Paulo. O leilão, organizado pela Dutra Leilões, oferecia também um altar e um par de anjos, avaliados em R$ 380 mil e R$ 180 mil, respectivamente. A notícia do leilão foi dada, em primeira mão, pelo DIÁRIO DO RIO, gerando grande repercussão.

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Leilão da peça

A intervenção do prefeito Eduardo Paes, que resultou na desapropriação e tombamento das peças por meio de decretos publicados no Diário Oficial no dia 3 de junho, impediu que esses artefatos históricos fossem adquiridos por colecionadores particulares. O prefeito tomou medidas inéditas ao garantir que a escultura e as outras peças de arte barroca retornassem ao Rio como patrimônio histórico.

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Igreja de São Pedro dos Clérigos

A figura do Pai Eterno é uma das mais importantes representações da tradição católica, sendo uma das figuras da Santíssima Trindade. Desde 1733, ela ocupava um lugar de destaque na Igreja de São Pedro dos Clérigos, que foi demolida em 1944 para dar lugar à Avenida Presidente Vargas. Após a demolição, muitas das peças móveis da igreja foram dispersas e vendidas a colecionadores, devido a lacunas na legislação e no sistema de Patrimônio Histórico do país.

A intervenção da Prefeitura do Rio garante que a escultura de Mestre Valentim e as demais peças não apenas retornem ao público, mas também sejam preservadas como parte do patrimônio cultural da cidade.

O MAR, localizado na Praça Mauá, é um espaço dedicado a exposições que dialogam com a memória e a identidade do Rio de Janeiro. A incorporação dessas peças ao seu acervo contribuirá para a valorização do patrimônio histórico e artístico da cidade, reforçando o destaque da história religiosa carioca.

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