A Supervia, concessionária responsável pelo transporte ferroviário no Rio, enfrenta um prejuízo que ultrapassa os R$ 120 mil nos primeiros seis meses de 2024 devido ao aumento significativo no número de furtos de bancos e encostos de trens. Em resposta, a empresa decidiu substituir o material dos estofados dos assentos por acrílico, que já está sendo gradualmente instalado nas composições há alguns meses. No período de janeiro a junho deste ano, foram registrados quase 900 furtos.
O estofado furtado, composto por policarbonato, um tipo de plástico com valor comercial, proporcionava melhor conforto aos passageiros durante as viagens. Segundo dados da concessionária, de março do ano passado até abril de 2024, o prejuízo acumulado por esses furtos alcançou R$ 317 mil.
A remoção dos estofados não afeta apenas o conforto dos usuários, mas também a operação da frota. Todo trem que tem o estofado furtado precisa ser retirado de circulação, o que prejudica a disponibilidade dos serviços e impacta negativamente a mobilidade da região metropolitana do Rio de Janeiro.
Para combater essa onda de furtos, a Supervia lançou uma campanha nas redes sociais pedindo que os passageiros denunciem anonimamente quaisquer crimes que presenciarem. Um QR code para denúncias está sendo amplamente divulgado nos vagões e plataformas do transporte.
Além dos furtos, a Supervia enfrenta desafios recorrentes relacionados a vandalismo, roubo e violência nas estações, nas linhas férreas e dentro dos trens. O sistema de transporte ferroviário mais antigo em operação no estado também lida com o acesso indevido de usuários de drogas nos ramais, buracos na linha, passagens abertas irregularmente e o salto de muros, entre outros problemas que geram prejuízos financeiros e afetam a mobilidade urbana.
