Vacância de escritórios cai para 26% no Rio; Centro é um dos mais beneficiados

Dados indicam que a Região Central é uma das mais beneficiadas, projetando uma perspectiva de crescimento sustentável no médio prazo

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Uma recente pesquisa realizada pela imobiliária Colliers – consultoria internacional especializada em imóveis comerciais – revelou que a taxa de vacância doa prédios corporativos no município do Rio caiu para 26% no terceiro trimestre de 2024. O valor representa mais uma redução em relação ao trimestre anterior, evidenciando novamente uma recuperação gradual na ocupação dos espaços corporativos na capital fluminense, com destaque especial para a Região Central.

O fim da pandemia tem trazido consigo o fim gradual da modalidade de trabalho em “home office”, tendo em vista a vontade das maiores empresas do mundo em eliminar uma forma de trabalho que vêem como ineficiente e prejudicial. Foi assim com Google, Dell, Amazon, J.P. Morgan, Goldman Sachs, Disney e tantas outras. Porém, muitos empregados ainda resistem e, principalmente, no setor público, onde retirar privilégios é sempre um problema. Mas os avanços em direção à normalidade têm mesmo contribuído para uma cada vez maior ocupação dos escritórios, principalmente os de mais alto padrão. Mas o caminho a percorrer ainda é longo: se 26% estão vagos hoje, em 2012, em meio ao boom econômico pelo que passou o Rio de Janeiro, este percentual era inferior a 10%.

Ninguém está querendo fazer obras, e estão priorizando prédios ou mais novos ou nas melhores localizações. Mas quase todos querem um escritório mais pronto, e os clientes pedem imóveis em melhor estado, sem nada pra fazer”, explica Lucio Pinheiro, diretor da Sergio Castro Imóveis. Lúcio destaca que certas localizações têm a preferência: “no Centro, todos querem nas imediações da estação do metrô carioca, na Praça XV ou nos prédios modernos da região portuária, que já estão quase totalmente ocupados. Em Botafogo amam o Rio Sul; e no Leblon, todos pedem e querem visitar, mas poucos fecham, pois os valores já passam 300 reais por metro quadrado”, explica.

A recuperação é comprovada por quem transita ou trabalha pelo Centro do Rio, onde o movimento em muitas regiões vem se igualando aos períodos pré-pandemia. Uma exceção é o grande deserto que se tornou a região da Visconde de Inhaúma, e a Marechal Floriano. De acordo com a pesquisa, um dos principais fatores que contribuíram para esse desempenho foi a ausência de novas entregas de prédios corporativos na cidade, o que forçou uma maior ocupação dos espaços já existentes, prontos para abrigar grandes empresas.

Centro do Rio: Foco da Recuperação

O Centro do Rio, em específico, tem se mostrado um destaque no processo de recuperação. Dados indicam que a região é uma das mais beneficiadas e a tendência é que o movimento de recuperação continue nos próximos meses, projetando uma perspectiva de crescimento sustentável no médio prazo. Desde o início do ano, os prédios corporativos no Centro vêm mostrando sinais de recuperação, trazendo alívio e impulsionando a revitalização econômica e comercial da região, um desejo da Prefeitura do Rio, que vem trabalhando para essa retomada.

Em fevereiro, uma pesquisa do departamento comercial da Sergio Castro Imóveis trouxe dados animadores para os apaixonados pelo Centro Histórico, apontando que apenas 19% das unidades corporativas consideradas de alto padrão estão vazias, o que significa que mais de 80% dos escritórios mais luxuosos e modernos da região já estão ocupados, um reflexo direto da queda do home office, especialmente nas empresas privadas, onde o controle de produtividade é mais rigoroso.

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