Lagoa Rodrigo de Freitas ganha nova área naturalizada e vira refúgio para fauna e flora locais

Inspirado no conceito de “Cidade Esponja”, o projeto usa vegetação para absorver o excesso de água em áreas propensas a alagamentos, como é o caso do Parque dos Patins

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A segunda etapa do projeto de naturalização da Lagoa Rodrigo de Freitas, na Zona Sul do Rio, foi concluída, transformando uma área ao redor do Parque dos Patins em um novo refúgio para fauna e flora locais. A iniciativa é liderada pela Subprefeitura da Zona Sul e pela Fundação Rio-Águas, com coordenação técnica do biólogo Mario Moscatelli e sua filha, Carolina Moscatelli, que têm atuado desde a etapa inicial do projeto, na área do Parque do Cantagalo. O objetivo do projeto vai além da preservação ambiental, buscando recuperar espaços alagáveis e criar um berçário para plantas nativas, ao mesmo tempo em que restaura habitats para a fauna da região.

Na nova área de intervenção, com cerca de mil metros quadrados, a ciclovia foi redirecionada para acomodar as mudanças, garantindo a segurança dos ciclistas e o fluxo contínuo de bicicletas. No espaço onde antes passava a pista, foi criada uma nova área verde composta por espécies nativas de brejo e restinga, como grama do mangue, samambaia do brejo, pitanga, clúsia, sofora, guriri e aroeira. A intervenção também incluiu um lago natural, que agora faz parte da paisagem e já serve como lar para uma família de capivaras e outras espécies, reintegrando a fauna à Lagoa de maneira sustentável.

As mudanças são parte de um movimento maior de recuperação ambiental, que busca trazer de volta à Lagoa Rodrigo de Freitas parte de sua vegetação natural, perdida ao longo de décadas de aterramentos que reduziram a área original da lagoa de 4,2 para 2,3 quilômetros quadrados. Desde os primeiros aterramentos, realizados ainda em 1870, a Lagoa sofreu com a redução drástica de sua fauna nativa e a perda quase completa de sua vegetação marginal.

Inspirado no conceito de “Cidade Esponja”, o projeto adota soluções naturais para áreas que sofrem com alagamentos frequentes, utilizando a vegetação para ajudar a absorver o excesso de água e melhorar a resiliência urbana. A iniciativa também contou com a participação da Secretaria Municipal de Conservação, que revitalizou os decks próximos à área naturalizada, reforçando o guarda-corpo e substituindo as ripas de madeira desgastadas para garantir segurança e acessibilidade.

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