Análise do Debate da Band com os candidatos a prefeito do Rio em 2024

Debate da Band foi monótono e pouco produtivo, com momentos de ataques pessoais que deixaram a desejar em termos de conteúdo e propostas

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Na noite do debate da Band com os candidatos à prefeitura do Rio de Janeiro para as eleições de 2024, Quintino Gomes Freire e Felipe Lucena analisaram os principais pontos discutidos durante o evento. A avaliação foi de que o debate foi monótono e pouco produtivo, com momentos de ataques pessoais que deixaram a desejar em termos de conteúdo e propostas.

Debate Morno e Sem Grandes Confrontos

Quintino Gomes Freire abriu a discussão ressaltando que o debate foi “chato, morno e parado“. Segundo ele, o evento não trouxe a dinâmica esperada, considerando os candidatos que estavam presentes. “Esperava-se algo mais pegado, mas o que vimos foi um debate devagar, com alguns momentos de embate que só deram uma leve ‘acordada’ no público“, afirmou. Felipe Lucena concordou e acrescentou que o excesso de ataques baixos e a falta de propostas claras foram os grandes problemas do evento.

Rodrigo Amorim e a Tentativa de Capitalizar o Bolsonarismo

Rodrigo Amorim, que tentou se posicionar como o representante do bolsonarismo no debate, foi alvo de críticas por sua postura. Lucena apontou que Amorim “parecia um grupo de WhatsApp ambulante“, focando em disseminar fake news e realizar ataques pessoais em vez de debater propostas concretas. “Ele tentou puxar o bolsonarismo para ele algumas vezes, mas acabou sendo baixo e abjeto“, disse Quintino.

Lucena ressaltou que, apesar de tentar capitalizar a imagem bolsonarista, Amorim falhou em aproveitar as oportunidades que teve. “Ele poderia ter se destacado ao puxar temas de interesse da direita, mas acabou sendo mais lembrado pelas provocações do que por suas ideias“, concluiu.

Desempenho de Eduardo Paes

Eduardo Paes, o atual prefeito e candidato à reeleição, foi visto como o grande vitorioso do debate, em termos de não ter saído “queimado”. Felipe Lucena destacou que, embora Paes tenha sido alvo de algumas críticas, especialmente por parte de Marcelo Queiroz, ele conseguiu evitar responder a questões espinhosas devido à interrupção de tempo no debate. “Foi sorte do Paes que o tempo acabou naquele momento. Se ele tivesse alguns segundos a mais, teria que responder a uma crítica incisiva, o que poderia ter complicado a sua noite“, observou Lucena.

Marcelo Queiroz: Uma Tentativa de Terceira Via

Marcelo Queiroz, em sua primeira experiência em debates políticos, tentou se posicionar como uma terceira via, apresentando propostas que tentavam se descolar da polarização entre direita e esquerda. “Ele começou mal, mas aproveitou bem as chances que teve para apresentar suas ideias“, analisou Quintino.

Lucena observou que Queiroz adotou uma linha que não tem funcionado muito bem no Brasil, mas que ainda pode atrair eleitores indecisos. “Apesar de não ter sido brilhante, ele conseguiu se destacar o suficiente para ser lembrado como alguém que tenta fugir do extremismo“.

Reflexões Finais

Ao final da análise, Quintino e Lucena concordaram que o debate não alterou significativamente o cenário eleitoral. “Foi um debate que provavelmente será esquecido em breve. Quem se saiu melhor foi quem conseguiu evitar grandes polêmicas e quem aproveitou as pequenas oportunidades para se destacar, como Marcelo Queiroz“, concluiu Quintino.

Felipe Lucena, por sua vez, afirmou que o verdadeiro impacto do debate só será medido nos próximos dias, conforme os cortes e os comentários nas redes sociais começarem a circular. “O debate pode ter sido morno, mas os cortes e as reações online ainda podem moldar a percepção do público“, disse ele.

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6 COMENTÁRIOS

  1. Nos EUA existe um conceito de ‘política de auditório’, o que não aparece na mídia, não existe. Não vi o debate, nem assistirei a ele, pois não apareceu no Diário do Rio não existiu. Se tivéssemos voto distrital, não é distritão, seria outra Narrativa. O BRT atual parece lindo, mas há algum tempo terrível, ocupado pelos sem-teto. Vai continuar lindo? O Prefeito não se explicou pelo fiasco do Já É. E a questão não é só o caixa, mas a despesa? Cinco Conselheiros do TCE/RJ presos. Na disputa da Prefeitura de Belo Horizonte, menciou-se o Sistema Único de Mobilidade Urbana. E aqui? Não seria o caso de adotar o rodízio de carros, ímpar e par, e o Prefeito deverá aumentar o número de veículos de transporte Públicos. O ramal Santa Cruz funciona como Parador no horário principal. Não seria o caso de nesse horário de pico ser Expresso, e aumentar o número de vagões no Parador, no Ramal Deodoro? Investir em Transporte Público! E nos dias de jogos no Engenho de Dentro? Mobilidade! O culpado não é o Metro Rio. A emissora de TV, que cria a grade horária, que agora será cassino de apostas esportivas, que pague a conta. Em 2013 os protestos começaram com tarifa zero, reprimido violentamente; depois, como sempre, surge um Movimento Chapa branca, que culmina em 08/jan/23. E o Caudilho torna-se herói! Voto distrital, não é Distritão. Por que não privatizam a Guarda Municipal? Lembrem de George Floyde nos EUA. E os Bombeiros nos EUA? Desativem o Apartamento do Exército na Central do Brasil/RJ e construam a Praça Dona Santinha. Vão para Vila Militar? LIVRES? PSOL? NOVO?

  2. Ramagem mostrou que é uma pessoal muito DESPREPARADA para ser prefeito da Cidade do Rio.
    Ramagem mostrou que NÃO SABE qual é a função do Prefeito!!!!!
    Só vota nesse cara quem não pensa na Cidade do Rio e sim em ideologia.

  3. Excelente o debate. Eduardo Paes tomou uma surra pelas suas promessas não cumpridas e pelo gasto excessivo de dinheiro público. Não adianta debates sem lavar a roupa suja, onde prometem e não cumprem e todos são bonzinhos. Eduardo Paes com péssima administração e a máquina inchada de OS.

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