O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, expressou preocupação quanto à possibilidade de não renovação da concessão da Light S.A., em resposta às frequentes interrupções de energia elétrica na Ilha do Governador e em Paquetá, nas zonas Norte e Central do Rio. “As concessões das distribuidoras que vencem até 2031 estão sob rigorosa análise, e a Light é uma delas. Não seremos complacentes com qualquer empresa. Nossa prioridade é a sociedade brasileira”, afirmou Silveira.
Neste sábado (27/07), o ministro, acompanhado pelo prefeito Eduardo Paes (PSD), visitou a subestação da Light no bairro do Tauá. Durante a visita, Silveira criticou a lentidão da concessionária em realizar os investimentos necessários para a atualização da rede elétrica. Segundo ele, as justificativas apresentadas pela Light, que atribui os apagões a ligações clandestinas e fraudes responsáveis pelo desvio de 36% da energia na região, não são convincentes.
O presidente da Light, Alexandre Ferreira Nogueira, explicou que quatro dos seis cabos submarinos e subterrâneos que abastecem as ilhas apresentaram problemas desde o início do ano. Ele informou que atualmente a região está sendo atendida por geradores a diesel e por três linhas de média tensão que foram concluídas em março.
Nogueira também detalhou os planos de instalação de três novas linhas de alta tensão e a modernização da rede, com conclusão prevista para novembro, garantindo que, em caso de novas falhas, a Light terá 300 técnicos prontos para atuar rapidamente, minimizando o tempo de interrupção no fornecimento de energia.
O presidente da Câmara do Rio, Carlo Caiado (PSD), também esteve presente e lembrou que o legislativo cobra planejamento da Light desde o fim do ano passado.
“Estamos atentos aos problemas que a Ilha do Governador tem enfrentado e desde o final do ano passado temos cobrado um “Plano Verão” para antecipar os problemas. A população pode contar também com a Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara, que está pronta para orientar, ajudar a lutar pelos seus direitos e buscar soluções. Vamos seguir acompanhando de perto esta questão”, disse Caiado.