Conheça a história dos iglus do Rio de Janeiro

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Imaginem morar num iglu no calor da cidade do Rio de Janeiro. Parece doideira, né? Pois é. As casas, em formato peculiar, que aquecem esquimós moradores das regiões mais frias do mundo, lembram muito uma experiência habitacional feita no bairro de Guadalupe, zona norte do Rio. As “casas-balão” foram construídas no final dos anos 1940 e início dos anos 1950.

Os “iglus de Guadalupe” fazem parte de um conjunto de casas que fica na Rua Calama – que no início só tinha casas nesse formato. As construções foram parte de um projeto de habitação popular para pessoas com renda baixa, promovido pela Fundação da Casa Popular, empresa pública criada para financiar as obras.

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“Foi uma espécie de laboratório habitacional. Por conta da Segunda Guerra Mundial, ficou-se cinco anos sem construir casas populares. E, terminada a guerra, o governo federal procurou modelos de casas para construir. O subúrbio carioca foi escolhido para ser esse laboratório, mas as casas eram infernalmente quentes e o projeto não foi adiante”, resume o professor Milton Teixeira.

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As “casas-balão” (ou iglus de concreto) originalmente tinham sala e quarto ou sala e dois quartos mais cozinha e banheiro. Para obter o formato de casa, inflava-se um balão de lona plástica, portas e janelas eram demarcadas com madeira e tudo isso era revestido por uma tela metálica e recoberto por cimento.

Existiam dois tipos de ‘iglus de Guadalupe’. O “balão pequeno”, de quarto e sala e o “balão grande”, de dois quartos e cozinha. Por dentro, as casas tinham paredes curvas, o que fez com que os moradores tivessem problemas para colocar móveis. As paredes que dividem os cômodos são retas, mas não chegam ao teto.

Outro problema foi a explosão em um paiol do Exército, em 1958. História que já contamos aqui. Por conta do formato, a casa produzia muito eco e depois do estrondo que aconteceu perto de Guadalupe, o deslocamento de ar fez com que algumas dessas moradias rachassem.

As casas tiveram problemas térmicos (era de se esperar, não é mesmo?) e de infiltração e isso foi fazendo muitos moradores modificarem o projeto inicial através de reformas. Outros habitantes fizeram puxadinhos ou derrubaram a construção base para fazer outra. Hoje em dia são poucos os “iglus de Guadalupe” para contar história.

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3 COMENTÁRIOS

  1. Muito legal essa reportagem . Me faz voltar mais de cinquenta anos no tempo . Fui morador do bairro, e da “ CASA BALÃO “. O endereço era rua 4 . Tempo da bola de gude,do pião, e das peladas na rua com bola, feito de meia e papel . Da pipa, da carniça. Das peladas no campo do Fundação,do Manel do Mato ( era MANEL mesmo ), e tantos outros . A nossa residência foi modificada . Fizemos cozinha, quartos nos fundos , e outras melhorias . Estudei no PIO XII( Diretor Padre Manuel Fernandez ), um espanhol nota 10 . Sou sócio fundador do GCC 069 . Amigo até hoje do Dr. Aloísio Cordeiro da Silva . Muitos bailes com Devaneios, Jony Massa , The Fever’s , e até Benito de Paula . Agradeço a Deus por ter vivido essa época .

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