Eleições 2024 no Rio: apatia do público preocupa e críticas à falta de engajamento são levantadas

Em desabafo, especialista comenta a falta de interesse popular nas eleições municipais do Rio e aponta a insegurança jurídica como um dos fatores agravantes

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A poucos dias das eleições municipais de 2024 no Rio de Janeiro, o cenário parece apático e distante do entusiasmo que tradicionalmente marca o período eleitoral. “É uma eleição fria, quase congelante“, desabafa o comentarista político Quintino Gomes, em vídeo divulgado nesta quarta-feira (2). Segundo ele, o clima geral nas ruas e entre os eleitores é de total indiferença, como se o pleito estivesse sendo ignorado pela população. “Parece até uma ressaca de Ano-Novo“, ironiza.

Gomes ressalta que, mesmo entre seus grupos de amigos, que frequentemente discutem questões políticas, a eleição parece ter perdido relevância. “Ninguém fala, é como se a eleição não estivesse acontecendo“, lamenta, apontando que o engajamento popular está bem aquém do esperado para um período tão próximo ao primeiro turno.

A crítica também recai sobre as regras impostas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que, segundo ele, contribuem para essa desmobilização. “Não temos mais as tradicionais bandeiras nas ruas, as faixas, os bandeiraços“, reclama, destacando que as novas restrições, embora visem evitar poluição visual e gastos excessivos, acabam desestimulando o envolvimento visual que indicava a proximidade da eleição.

O comentarista aponta ainda que, ao tentar coibir o abuso de poder econômico, as medidas acabam prejudicando candidatos de menor expressão, que têm mais dificuldade de se fazer visíveis. “O abuso do poder econômico continua, mas a eleição parece que não está acontecendo“, afirma, criticando o desinteresse geral e o efeito dessas medidas na dinâmica da disputa eleitoral.

Insegurança jurídica e a Lei da Ficha Limpa

Outro ponto de destaque no desabafo de Gomes é a insegurança jurídica que ronda as eleições, especialmente no que se refere à aplicabilidade da Lei da Ficha Limpa. Ele cita o caso do ex-governador Anthony Garotinho, que, segundo ele, conseguiu uma liminar favorável para disputar a eleição, mas a incerteza quanto à validade dessa decisão ainda pesa sobre sua candidatura. “É uma situação que gera insegurança e um desprazer no eleitor“, comenta.

Embora reconheça a importância da Lei da Ficha Limpa, Gomes critica o tempo prolongado que muitas vezes é necessário para que as decisões judiciais definitivas sejam tomadas. “Essa demora gera um grande descontentamento, tanto para os candidatos quanto para os eleitores“, conclui.

Eleições sem paixão e cobertura cansativa

Por fim, o comentarista ressalta que a falta de envolvimento popular com o processo eleitoral não só afeta a eleição em si, mas também a cobertura e os debates sobre o tema. Ele menciona a dificuldade de manter o público engajado, até mesmo nos programas pós-debate. “É cansativo. A eleição está fria, e isso torna a cobertura exaustiva“, afirma, referindo-se ao desânimo gerado por uma campanha sem grandes movimentações.

É uma pena, porque, apesar de tudo, a eleição é o momento de participação democrática, mas quando a população não está envolvida, isso se perde.

Serviço

  • Primeiro turno das eleições municipais de 2024 no Rio de Janeiro: 6 de outubro
  • Segundo turno (se necessário): 27 de outubro

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