Elementos de bronze do Chafariz da Praça General Osório são substituídos por resina para combater furtos

A Secretaria de Conservação tem destinado cerca de 40% desse valor para reparar peças vandalizadas

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A Prefeitura do Rio realizou nesta última segunda-feira (16/09) a substituição dos elementos de bronze do Chafariz da Praça General Osório, em Ipanema, por réplicas de resina. A medida foi adotada devido ao alto número de furtos que vinham ocorrendo, resultando no desaparecimento de quatro tartarugas e saracuras que adornavam a obra, assinada pelo Mestre Valentim e com mais de dois séculos de história.

As peças de bronze que sobraram do chafariz foram recolhidas e levadas para o Museu Histórico da Cidade, na Gávea. A troca faz parte de uma iniciativa da Gerência de Monumentos e Chafarizes, que tem pesquisado novos materiais para inibir o vandalismo e a violência contra o patrimônio público.

img 3786 Elementos de bronze do Chafariz da Praça General Osório são substituídos por resina para combater furtos
Foto: Divulgação/Prefeitura do Rio

Desde o ano passado, diversas ações semelhantes foram realizadas pela prefeitura. Em uma das primeiras iniciativas, o busto de Orlando Silva no Cachambi, que havia sido furtado duas vezes, foi recriado em 3D com registros fotográficos do original e confeccionado em resina. Além disso, na estátua de Noel Rosa, em Vila Isabel, concreto foi adicionado à parte inferior para impedir novos furtos. Peças como o busto de Marcílio Dias, na Praça Onze, também foram restauradas após tentativas de furto e vandalismo, assim como a estátua do jornalista Ibrahim Sued, em frente ao Copacabana Palace, que recebeu preenchimento de cimento.

A Secretaria de Conservação explica que as serras usadas pelos ladrões para cortar o metal não conseguem atravessar o cimento, tornando as peças menos vulneráveis. A substituição de elementos de bronze por resina tem se mostrado uma alternativa eficaz para preservar os monumentos históricos da cidade.

Com um orçamento anual de R$ 2 milhões destinado à manutenção de monumentos e chafarizes, a Secretaria de Conservação tem destinado cerca de 40% desse valor para reparar peças vandalizadas. A mudança para materiais menos atrativos para os criminosos representa uma tentativa de proteger o patrimônio cultural da cidade contra furtos e danos.

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