Minha Experiência no Jubileu dos Artistas em Roma

Em artigo, o maestro Marcos Paulo Mendes aborda a sua experiência na Cidade Eterna, Roma, durante a sua estada para a participação do Jubileu dos Artistas 2025

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Maestro Marcos Paulo Mendes / Arquivo Pessoal
  • * Por Maestro Marcos Paulo Mendes

Roma é uma cidade onde história, fé e cultura se entrelaçam a cada esquina. Participar do Jubileu dos Artistas 2025 foi uma experiência singular, marcada por momentos de profunda espiritualidade e beleza, reafirmando a arte como um poderoso meio de evangelização.

Ao chegar, fui direto ao Vaticano para retirar minhas credenciais e, claro, aproveitar para caminhar por essa cidade-Estado, centro da cristandade. A grandiosidade da Praça e da Basílica de São Pedro foi o primeiro impacto desta peregrinação, um lugar que respira história e espiritualidade.

Sábado: Inicio da Peregrinação Jubilar

No sábado, estavam programados encontros com o Papa Francisco, mas, devido à sua internação, as audiências foram canceladas. Ainda assim, seguimos com os compromissos e pude iniciar minha peregrinação jubilar ao passar pela Porta Santa da Basílica de São Paulo Fora dos Muros, um momento de grande significado espiritual. Esta basílica, onde esta sepultado São Paulo, é um dos lugares mais marcantes para quem busca aprofundar sua fé.

Domingo: Uma Jornada de Fé e Arte

O domingo começou com um momento muito especial: a Santa Missa na Basílica de São Pedro, presidida pelo Cardeal José Tolentino de Mendonça, responsável pelo Dicastério para a Cultura e a Educação. A celebração reuniu artistas de diversas partes do mundo, cada um trazendo sua vivência e sua missão de evangelizar através da arte. A liturgia foi belíssima, destacando-se pelo cuidado com a musica, a profundidade das leituras e a solene participação dos fieis.

Após a missa, tivemos um almoço especial para os artistas, um momento de partilha e encontro com músicos, pintores, escritores, escultores e outros profissionais das artes. Conversamos sobre como a cultura pode ser um meio de levar a mensagem crista ao mundo, sobre os desafios que enfrentamos e sobre o papel do artista como evangelizador. Foi uma experiência enriquecedora, que me fez perceber ainda mais a dimensão universal da arte sacra.

À noite, vivi um dos momentos mais marcantes desta peregrinação: a entrada pela Porta Santa da Basílica de São Pedro. Antes de atravessar a porta, houve um momento de silencio e oração coletiva, onde cada um depositou suas intenções e agradecimentos. Dentro da basílica, a iluminação especial destacava algumas das maiores obras-primas da arte sacra, como a Pietà de Michelangelo e o Espirito Santo sobre o altar.

Tivemos ainda um tempo de meditação diante de um dos altares próximos à catedral de São Pedro, sob a magnífica luz do vitral do Espírito Santo. Foi um momento de silencio e reflexão sobre nossa missão e nossa caminhada como artistas a serviço da fé. A grandiosidade do espaço, a beleza das obras e a presença espiritual tornaram essa experiência profundamente tocante. Ao final, um coral entoou um canto gregoriano que ressoou pelas naves da basílica, encerrando a noite de forma inesquecível.

Segunda e Terça-feira: Basílicas e Santa Cecilia

Na segunda-feira, continuei a peregrinação, visitando as Basílicas Papais de São João de Latrão e Santa Maria Maior. Cada uma dessas igrejas carrega em si uma riqueza histórica e espiritual imensurável, e atravessar suas Portas Santas foi um ato de fé e renovação.

Na terça-feira, tive a graça de estar na Basílica de Santa Cecilia, padroeira dos músicos, onde participei de um momento de oração e cultura. Essa basílica, situada no bairro de Trastevere, é um local de grande significado para quem se dedica à musica sacra.

Quarta-feira: Ensaio com o Coro da Capela Sistina

A quarta-feira reservava um momento único e inesquecível: o ensaio do Coro da Capela Sistina e um encontro com o Maestro Marcos Pavan. Fui muito bem recebido pelo Maestro e seu secretário, e tivemos uma rica conversa sobre música sacra, formação coral e os desafios da educação musical no mundo e no Brasil. Ouvimos algumas peças do repertório da Capela Sistina, discutimos técnicas vocais e o papel do canto gregoriano na liturgia.

Foi uma honra poder testemunhar de perto o trabalho de um dos coros mais emblemáticos da história da música litúrgica. Participar desse ensaio foi mais do que um aprendizado técnico; foi uma experiência espiritual profunda, um encontro com séculos de tradição musical a serviço da fé.

Conclusão: Arte e Fé Caminham Juntas

Roma tem sido o cenário perfeito para essa vivencia. Cada dia reforça a certeza de que a cultura não é apenas uma manifestação estética, mas um verdadeiro instrumento para tocar os corações e levar a mensagem de Deus. Levo comigo experiências e reflexões que certamente ecoarão em minha missão como maestro e evangelizador. Que o Espirito Santo nos conduza sempre nesse caminho de beleza e fé!

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