A Rio Ônibus resolveu partir para o combate contra o prefeito Marcelo Crivella, a razão? Que o atual prefeito não está concedendo aumento de passagem, ao contrário, a passagem diminuiu de preço. E fica difícil, quase impossível, ficar do lado do consórcio de empresas de ônibus, que na nossa cidade é, inclusive, chamada de Máfia de Ônibus.
E o apelido não é a toa. Começa pelas denúncias de corrupção que envolve algumas empresas do setor, oras, um dos nomes mais famosos, Jacob Barata Filho, inclusive já foi preso duas vezes na operação Lava Jato. Oras, pode não ser a Rio Ônibus, mas as propinas FETRANSPOR, que envolve todas empresas do setor de transportes do estado, inclusive é o motivo da prisão de Picciani, Paulo Mello e tantos outros.
Na carta aberta a Crivella vem me falar de dados da licitação de 2010! Licitação envolvida também em escândalos de irregularidades e formação de cartel! Chegou a se tentar formar uma CPI na Câmara dos Vereadores, que acabou natimorta, já que era quase totalmente formada por vereadores governistas na época. E vem reclamar publicamente agora de que não teria tempo para os ônibus com ar condicionado, da falta de lucro… quase como se oferecesse um serviço de excelência e gratuito?
É claro que a passagem de ônibus deves ser justa, especialmente com tantas gratuidades (idosos, deficientes, estudantes), com linhas de ônibus pouco lucrativas, diesel aumentando e, agora, tendo que voltar o cobrador. É claro que isso impacta no orçamento das empresas, mas, convenhamos, após anos tratando sua tabela de custos como uma caixa de segredos, fica difícil ter pena agora quando, finalmente, o Poder Público tomou uma postura menos subserviente.
Tenho para mim que os cariocas deveriam esquecer um pouco porque não gostam de Crivella, incluindo o PSol, e ficar do lado do prefeito nesse tema.