Nova Era do Gasômetro: conheça a história do terreno que vai abrigar o estádio do Flamengo

O espaço, inaugurado em 1911, operou por 94 anos, sendo responsável pela armazenagem e distribuição de gás manufaturado no Rio

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O Terreno do Gasômetro, em São Cristóvão, está em alta nas discussões cariocas após o anúncio da Prefeitura, no último domingo (23/06), de que vai desapropriar o local para a construção do novo estádio do Flamengo. O terreno, atualmente pertencente à Caixa Econômica Federal e parte do Fundo de Investimento Imobiliário Porto Maravilha, tem quase 90 mil metros quadrados e está localizado ao lado do super Terminal Gentileza, próximo à Rodoviária do Rio. Mas poucos cariocas sabem a origem desta grande área na Região Central da cidade.

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Terreno do Gasômetro – Foto: Prefeitura do Rio

O Gasômetro de São Cristóvão, também conhecido como Gasômetro do Rio de Janeiro ou Gasômetro da CEG, foi inaugurado em 1911 pelo grupo belga SAG (Société Anonyme du Gaz do Rio de Janeiro). Na época, era uma estrutura de armazenagem e distribuição de gás manufaturado, com capacidade de fornecer 180 mil metros cúbicos de gás por dia, sendo considerado o maior do mundo.

A empresa foi estatizada em 1969, e em 1997, a CEG (Companhia Estadual de Gás) ganhou a concessão para o fornecimento de gás no Rio. Com a substituição gradual do gás manufaturado pelo gás natural, o gasômetro foi desativado em 2005. Desde então, a área de 119 mil metros quadrados passou a ser discutida como um potencial espaço de utilidade pública.

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Terreno do Gasômetro em 1911

Controvérsias e Medos

A população do Rio sempre conviveu com o medo de que um acidente ocorresse no local do gasômetro. Em 1995, após a explosão de instalações navais na Ilha do Boqueirão, discutiram-se projetos para a mudança das instalações, mas nada foi concretizado. O caso mais conhecido de ameaça ocorreu em 1968, quando o brigadeiro da Aeronáutica João Paulo Burnier elaborou um plano secreto para explodir o gasômetro e atribuir a autoria a movimentos de esquerda. O plano foi abortado após ser denunciado pelo capitão Sérgio Ribeiro Miranda de Carvalho.

O Futuro do Terreno

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Desde 2009, a área pertence ao Fundo de Investimento Imobiliário Porto Maravilha, gerido pela Caixa Econômica Federal, que buscava investidores para grandes empreendimentos. Recentemente, o Flamengo vinha negociando com o banco para a construção de um novo estádio e chegou a apresentar um projeto. No entanto, devido ao impasse nas negociações, a Prefeitura decidiu intervir para garantir que o estádio possa ser construído.

O Flamengo havia avaliado a construção do estádio no terreno da antiga Terra Encantada, na Barra da Tijuca. No entanto, essa proposta foi rapidamente descartada devido à distância e à infraestrutura de transporte e mobilidade deficitária da Barra.

O projeto do novo estádio impulsiona ainda mais a região, que já está sob um projeto de revitalização. Com os novos empreendimentos no Porto e as obras de requalificação da histórica Estação da Leopoldina, além do recém-inaugurado Terminal Gentileza, a área promete se tornar um novo polo de desenvolvimento urbano, conectando partes antes abandonadas da cidade.

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