A Prefeitura do Rio contratou emergencialmente a empresa Gigante Food Services para gerenciar os restaurantes populares de Bangu e Campo Grande, ambos localizados na Zona Oeste da cidade. Conhecidos popularmente como “garotinho”, em referência ao ex-governador Anthony Garotinho, que criou o programa, esses restaurantes são fundamentais para oferecer refeições de qualidade a preços acessíveis para a população de baixa renda.
A contratação da Gigante Food Services foi feita sem licitação e tem um valor de mais de R$ 5,4 milhões para um período de sete meses. A justificativa da prefeitura para essa medida emergencial é a necessidade de manter os serviços enquanto a nova licitação para o gerenciamento dos restaurantes é finalizada.
No entanto, a ausência de concorrência na contratação gerou críticas. O vereador Pedro Duarte (Novo), pediu acesso integral ao processo de contratação e anunciou que encaminhará um ofício ao Tribunal de Contas do Município (TCM) para investigar o caso. O vereador argumenta que a Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos sabia que o contrato anterior, firmado com a Comissária Aérea Rio de Janeiro Ltda., se encerraria em julho de 2023. Apesar disso, a secretaria não tomou as providências necessárias para realizar uma nova licitação em tempo hábil, optando pela contratação emergencial.
O programa de restaurantes populares, anteriormente conhecido como Restaurante Cidadão, foi criado em 2000 e atingiu seu auge com dez unidades em operação na cidade. Entretanto, ao longo dos anos, várias unidades foram fechadas ou demolidas, restando atualmente apenas três. A unidade Bangu é a mais antiga em funcionamento, foi inaugurada em 2001, sendo a segunda unidade do projeto. Os restaurantes de Campo Grande e Bonsucesso abriram as portas em 2007.
