A cidade do Rio de Janeiro lidera, de forma alarmante, o ranking de soltura de balões no Brasil em 2024, conforme dados recentes divulgados pela Força Aérea Brasileira (FAB). Desde o início do ano, foram registrados 64 balões nos céus cariocas, uma quantidade significativamente maior em comparação com outras cidades do país. Para se ter uma ideia, a capital paulista contabilizou apenas 12 ocorrências no mesmo período.
No panorama estadual, a situação é igualmente preocupante. Em 2024, o estado registrou 72 incidentes envolvendo balões, enquanto São Paulo, apesar de ter menos casos na capital, lidera o ranking estadual com 87 ocorrências. Esse aumento nas atividades de soltura de balões gera grandes preocupações, especialmente durante as festas juninas, quando a prática se torna ainda mais comum devido às tradições culturais.
A tradição de soltar balões durante as festas juninas é uma herança cultural dos portugueses, que permanece viva em diversas regiões do Brasil, particularmente no subúrbio carioca. No entanto, essa prática traz sérios riscos de incêndios e acidentes aéreos, sendo, portanto, uma atividade ilegal e perigosa.
A legislação brasileira é clara e rigorosa em relação à soltura de balões. De acordo com a Lei n° 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, que trata dos crimes contra a flora, é proibido fabricar, vender, transportar ou soltar balões que possam provocar incêndios em florestas, áreas urbanas ou qualquer tipo de assentamento humano. A pena para quem descumpre essa lei pode variar de detenção de um a três anos, multa, ou ambas as penas cumulativamente.
Especialistas e autoridades ambientais alertam que a soltura de balões, além de ilegal, representa uma ameaça significativa ao meio ambiente e à segurança pública. Os balões podem causar incêndios florestais devastadores, danos a propriedades urbanas e até mesmo colocar em risco a aviação civil.