Cantado em dezenas de músicas, focado em diversos produtos audiovisuais, narrado em tantas obras literárias e vivido por incontáveis pessoas, o Cristo Redentor é um cartão postal superior da Cidade Maravilhosa. O monumento, de 38 metros de altura, localizado a 710 do nível do mar, pode ser visto de muitos pontos do munício. Imponente, charmoso e agregador, o Cristo é a cara da história do Rio.
A simbólica obra foi inaugurada em outubro de 1931. No entanto, o que pouca gente sabe, é que o projeto é bem anterior a esse período. A ideia, que ficou pronta no início da Era Vargas (com a presença do próprio Getúlio na inauguração) passou pelo Império e pela República.
“Tudo começou em 1859. O padre Pedro Maria Boss sugeriu à princesa Isabel, que se erguesse um símbolo religioso no topo do morro do corcovado. A princesa gostou da ideia e chegou a dar apoio à construção da obra. No entanto, o tempo foi passando e nada aconteceu. Cerca de três décadas mais tarde, O Brasil deixou de ser imperial e passou a ser republicano, o que travou os trabalhos de vez, pois o Estado Republicano era pró da separação entre Estado e Igreja” diz o historiador Maurício Santos.
[iframe width=”100%” height=”90″ src=”https://diariodorio.com/wp-content/uploads/2015/05/superbanner_66anos.swf-3.html”]
Com mais de meio século de tradição no mercado imobiliário da Cidade do Rio de Janeiro, a Sérgio Castro Imóveis apoia a valorização de construções e iniciativas que visam o prestígio da arquitetura, história e da cultura da Cidade Maravilhosa.
Anos depois, já no século seguinte, os católicos voltaram a tentar a obra. Em 1912, o Cardeal Dom Joaquim Arcoverde ressuscitou o projeto, querendo mostrar que a igreja tinha força no Brasil e que a construção valeria a pena. Valeu o esforço.
Nove anos depois, em 1921, o projeto do Cristo Redentor voltou ao cenário. O gancho da vez foi o Centenário da Independência do Brasil, que se deu no ano seguinte. Vencedor no critério altura, o morro do Corcovado foi eleito para abrigar o monumento.
No ano do centenário da independência do Brasil, um abaixo-assinado com mais de 20 mil nomes solicitou ao presidente Epitácio Pessoa que a estátua fosse construída. Epitácio recebeu a sugestão de braços abertos e cedeu o topo do Morro do Corcovado para a realização da obra.
“O Cristo redentor foi erguido com o dinheiro de uma campanha de arrecadação de fundos. Essa campanha, que envolveu a igreja católica, pessoas físicas e algumas empresas, durou quase uma década. A história de que o Cristo veio da França, doado pelo governo de lá, é um mito que muita gente tende a repetir erradamente por aí” esclarece Maurício Santos.
Ainda em 1922, foi lançada a pedra fundamental do Cristo Redentor. Um ano mais tarde, o engenheiro brasileiro Heitor da Silva Costa teve seu projeto escolhido para a sonhada construção do monumento. O desenho do Cristo foi feito pelo artista plástico Carlos Oswald e projetado pelo arquiteto francês Paul Landowsky.
Em 1926, iniciou-se, definitivamente, a obra. Os trabalhos, que não foram fáceis para época, findaram em 1931. Nesse ano, o Rio ganhou mais uma maravilha. Não só o Rio, mas o mundo todo, pois em 2007, Cristo Redentor foi escolhido uma das Novas Sete Maravilhas do Mundo, com mais de 100 milhões de votos.