Um dos bairros mais nobres da cidade do Rio de Janeiro, a Lagoa tem uma história antiga, mas, ao mesmo tempo, de crescimento recente – do ponto de vista histórico.
Até 1575, a região onde hoje fica o bairro da Lagoa era habitada pelos índios tamoios. Nesta época, o governador do Rio de Janeiro, Antônio Salema, espalhou, ao redor da lagoa, roupas infectadas com o vírus da varíola. Com isso, os índios morreram e a área passou a ser utilizada mais livremente para o plantio de cana-de-açúcar, sobretudo por camponeses e fazendeiros portugueses.
Séculos depois, em 1979, foi instalada, na Lagoa Rodrigo de Freitas, a estátua do Curumim, em homenagem aos antigos tamoios habitantes da região.

“A área onde hoje fica o bairro era chamada de Jardim da Gávea. Nesse espaço estavam Gávea, Jardim Botânico e Lagoa”, destaca o historiador Maurício Santos.
Já em 1808, após a chegada da Família Real, foi determinado que seria necessário construção de uma fábrica de pólvora para proteger o Brasil de possíveis invasões francesas.
“A fábrica, que foi erguida nos arredores da Lagoa Rodrigo de Freitas, foi um fato histórico para o bairro“, frisa Maurício Santos.
Com o declínio do ciclo da cana-de-açúcar, já no século XIX, as grandes fazendas presentes no hoje bairro da Lagoa foram transformadas em chácaras – muitas residenciais.
[iframe width=”100%” height=”90″ src=”https://diariodorio.com/wp-content/uploads/2015/05/superbanner_66anos.swf-3.html”]
Com quase 70 anos de tradição no mercado imobiliário do Rio de Janeiro, a Sergio Castro Imóveis sempre contribuiu para a valorização da cultura carioca
Neste período, o bonde puxado por burros chegou à área, o que ocasionou em um grande desenvolvimento da região.

A Fonte da Saudade, sempre citada nos antigos relatos do bairro da Lagoa, ficava localizada em uma região que era conhecida como “Praia da Lagoa”. Lá, as lavadeiras portuguesas trabalhavam para as famílias ricas (a maioria do bairro de Botafogo) e se lembravam da terra natal.
Nas gestões e Pereira Passos e Carlos Sampaio, no início do século XX, o bairro ganhou saneamento básico e um plano de urbanização.
Nos anos 1920, o já considerado bairro nobre ganhou a avenida Epitácio Pessoa, que circunda a orla da Rodrigo de Freitas. Nela, foram construídas mansões da elite carioca, além do Jóquei Clube Brasileiro.
Entre 1969 e 1970, as favelas da Praia do Pinto, da Ilha das Dragas e da Catacumba, que ficavam no entorno da Lagoa Rodrigo de Freitas, foram destruídas pelos governos federal e estadual. Os moradores foram transferidos para diversos bairros da cidade e prédios de luxo ocuparam os lugares onde antes haviam barracos de madeira.

Na década de 1970, com aterramentos, a Lagoa, que perdeu 80% de sua área original. Anos depois, houve a proibição de outras modificações na linha do espelho d’água do reservatório, além da restrição de construções na área.
Por muitos anos a Sergio Castro manteve uma filial ali, ficava no numero 4530, perto da Fonte da Saudade, e foi ponto de referência no bairro por mais de 25 anos. Dizia Lucinha Lins na propaganda do rádio nos anos 70: “Esta é a Casa de Sergio Castro. Uma Casa BONITA na Lagoa,“. Há boas histórias do local.
Atualmente, movimentado de dia e de noite, o bairro da Lagoa se mantém com sua história, antiga e recente.