Obras de saneamento em Mesquita vão impedir lançamento de 15 milhões de litros de água contaminada em rios

Meta da concessionária é que, até 2033, 1,3 bilhão de litros de esgoto sejam impedidos de poluir a baía

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Imagem criada por inteligência artificial

A cidade de Mesquita, na Baixada Fluminense, está prestes a alcançar um marco importante no saneamento básico. A concessionária Águas do Rio está realizando obras de modernização para a implantação do Sistema de Coleta em Tempo Seco (CTS), que inclui a reforma de duas estações de bombeamento de esgoto. Com essa medida, mais de 15 milhões de litros de água contaminada com esgoto deixarão de ser despejados diariamente nos rios Dona Eugênia e Sarapuí, cujas águas deságuam na Baía de Guanabara.

As estações de bombeamento, localizadas nos bairros da Chatuba e de Edson Passos, fazem parte do projeto e terão capacidade para transportar até 175 litros de esgoto por segundo. “O investimento na revitalização das elevatórias é crucial para o sucesso do CTS, pois essas estruturas vão bombear o esgoto interceptado nas galerias pluviais para a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Sarapuí, em Belford Roxo”, afirmou Felipe Esteves, diretor executivo da Águas do Rio.

Benefícios para mais de 65 mil moradores

Com a conclusão dessas obras, mais de 65 mil moradores de Mesquita serão beneficiados, incluindo Márcia Liro, de 56 anos, que vive há 25 anos às margens do Rio Dona Eugênia, na comunidade do Sebinho. Márcia relatou que, durante décadas, conviveu com a degradação do rio e temeu pela saúde da família, devido ao contato com o esgoto. Agora, com as obras em andamento, ela começa a vislumbrar um futuro melhor.

Ver essas obras me dá esperança de que meus bisnetos crescerão sem o mau cheiro e sem o medo de contrair doenças graves“, comentou a moradora, que, como muitos, sente que o tratamento do esgoto trará dignidade à comunidade.

Como funciona o Sistema de Coleta em Tempo Seco

O CTS tem como objetivo capturar o esgoto que hoje é lançado diretamente nos rios e redirecioná-lo para as estações elevatórias de Chatuba e Edson Passos. De lá, o esgoto segue para a ETE de Sarapuí, onde passará por tratamento que inclui processos físicos, químicos e biológicos. Após o tratamento, a água será devolvida ao meio ambiente, respeitando os padrões de qualidade exigidos pelo Ministério da Saúde.

Impacto positivo na Baía de Guanabara

A recuperação da Baía de Guanabara é o maior projeto ambiental da concessão da Águas do Rio e está em andamento desde o início da operação da empresa, em novembro de 2021. Desde então, sistemas de esgotamento em diversos municípios ao redor da baía estão sendo recuperados, evitando que 82 milhões de litros de água contaminada cheguem diariamente ao ecossistema. A meta da concessionária é que, até 2033, 1,3 bilhão de litros de esgoto sejam impedidos de poluir a baía, com um investimento de R$12 bilhões destinado à proteção e recuperação desse importante corpo hídrico.

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1 COMENTÁRIO

  1. A comunidade do Cebinho é uma área pantanosa e hj dominada pelo tráfico. Um reurbanização na área junto com uma alça ligando a Via Light até a Dutra onde começaria a Transbaixada que deve chegar a Washington Luiz transformaria a região que conta com o Hospital da Mãe, mercados atacadistas e o Shopping Dutra com obras paralisadas a anos no bairro Industrial de Mesquita.

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