Defensoria recebe 475 denúncias de falta de água no Rio

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Rocinha está entre os locais com mais reclamações de falta de água

O Núcleo de Defesa do Consumidor (Nudecon) da Defensoria Pública do Rio entrega nessa quarta-feira (25) à Cedae relatório com pelo menos 475 denúncias recebidas pela Ouvidoria-Geral da instituição entre os dias 18 e 23 de março sobre falta d´água em 14 municípios do estado. As informações serão cruzadas com outras reunidas pelo Ministério Público e imediatamente discutidas num gabinete de crise criado especialmente para tentar dar solução a casos de desabastecimento durante o surto de Covid-19.

“Através desse canal criado com a Cedae, esperamos resolver rapidamente os problemas de falta de água da população em áreas desabastecidas, a fim de evitar um mal maior com a impossibilidade da higiene necessária com a limpeza com água e sabão, e consequentemente evitar contágio ainda maior do coronavírus entre essa população mais vulnerável da sociedade”, resume o subcoordenador do Nudecon, Eduardo Chow.

Segundo ele, caso a negociação extrajudicial com a companhia não seja possível, o Núcleo de Defesa do Consumidor da Defensoria e o Ministério Público podem ajuizar ação coletiva para garantir o abastecimento d´agua em todos os locais cobertos pela Cedae, principalmente comunidades carentes.

Das 475 denúncias que chegaram à Defensoria Pública em apenas cinco dias, 397 são do que o ouvidor-geral, Guilherme Pimentel, chama de “torneira seca”, ou seja, falta d´água rotineira. As reclamações abrangem 140 localidades, a grande maioria em favelas no município do Rio. As informações foram colhidas pela Ouvidoria por meio de mídias sociais com as quais mantém contato permanente com as comunidades.

“A crise da geosmina de certa forma havia mascarado o problema de desabastecimento d´água durante o verão. Agora que enfrentamos uma urgência sanitária ainda maior, colhemos os frutos da falta de política de saneamento nas favelas e periferias, que ameaça todos, indistintamente”, avalia o ouvidor Guilherme Pimentel.

As cinco comunidades que mais enviaram denúncias à Ouvidoria foram Tabajaras (93 registros); Rocinha (27); Alemão (11); Maré (8); e Fallet (8).

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1 COMENTÁRIO

  1. Já foi à uma comunidade/favela?

    Já reparou nas casas de moradores das primeiras ruas, na parte baixa até a primeira metade?

    Pois então deve ter observado que muitas das casas tem água jorrando por baixo do portão. Sabe o que é?

    Ou a senhora está lavando o quintal, se for numa manhã, ou, num dia ensolarado, a piscina transbordando com a borracha ligada direto para renovar a água.

    Agora imagina várias casas nessa primeira metade da comunidade/favela.

    Esse desperdício de água – e mesmo uso interrupto – impede que tenha força para seguir em frente.

    É claro que vai faltar água na bica de outras casas mais para dentro da comunidade/favela.

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