25 castelos do Rio de Janeiro que contam a História do Brasil

O DIÁRIO DO RIO selecionou alguns dos mais deslumbrantes e luxuosos, e que valem a visita do público interessado.

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Castelo Valentim

A Europa geralmente é o destino preferido para os amantes de Castelos, mas surpreendentemente, você sabia que o Rio de Janeiro abriga mais de 30 Palácios? O DIÁRIO DO RIO selecionou alguns dos mais deslumbrantes e luxuosos, e que valem a visita do público interessado. Cada um desses palácios ou castelos guarda uma história rica e uma arquitetura única, enriquecendo ainda mais o patrimônio cultural da cidade e contando um pouco da história do Brasil.

1- Palácio do Catete

Com obra concluída em 1867, o local já foi residência presidencial quando o Rio de Janeiro era a capital do Brasil. Foi neste palácio que o então presidente Getúlio Vargas se suicidou em 1954. Com uma arquitetura eclética e seus jardins bem cuidados, atualmente funciona no local o Museu da República. Há, ainda, um Salão Nobre dedicado ao deus grego Apolo, uma capela, uma sala inspirada na cidade italiana de Pompeia e outra que se inspira no Palácio de Alhambra, na Espanha.

2- Castelo Valentim

Erguido em 1879 na Rua Almirante Alexandrino, em Santa Teresa, foi moradia do comendador Antônio Valentim. Seu filho, o arquiteto Fernando Valentim, na década de 30 dividiu o castelo em apartamentos, forma encontrada de manter a propriedade. A arquitetura é eclética e tem aspectos de fortaleza. Atualmente é um condomínio residencial com oito apartamentos.

3- Castelinho do Flamengo

O Castelo, em estilo art nouveau, contrasta com os prédios da Praia do Flamengo e foi projetado pelo arquiteto italiano Gino Copede e erguido em 1918 para servir de residência a um rico empreendedor português. Na década de 90, foi transformado em centro cultural e seu nome é uma homenagem ao dramaturgo carioca Oduvaldo Vianna Filho.

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Castelinho do Flamengo

4- Palácio Laranjeiras

Esse palácio é conhecido por sua bela fachada e jardins exuberantes e costuma ser usado como residência oficial do governador do estado. Visitas guiadas permitem explorar seus salões decorados e aprender sobre sua história. Localizado no Parque Eduardo Guinle, em Laranjeiras, o palácio foi cenário do anúncio do Ato Institucional Número 5 – AI5 (1968). Construído entre 1910 e 1913, tem fachada principal inspirada na do Cassino de Monte Carlo, em Mônaco. Dentre os vários políticos que moraram no local, podemos destacar o presidente Juscelino Kubitschek, que viveu no Palácio até a inauguração de Brasília.

5- Castelo da Fiocruz

Construído entre 1905 e 1918, o Castelo da Fiocruz é um símbolo da ciência e da saúde nacionais. O “Palácio das Ciências”, imaginado por Oswaldo Cruz para ser a sede da instituição que receberia seu nome, foi criado à imagem do Instituto Pasteur, de Paris, reunindo a produção de vacinas e remédios, a pesquisa científica e demais atividades ligadas à saúde pública. Localizado às margens da Avenida Brasil, a construção também é conhecida como Pavilhão Mourisco, por sua arquitetura em estilo neomourisco, adornada pela beleza dos azulejos portugueses e mosaicos inspirados em tapeçaria árabe.

Castelo Fiocruz 25 castelos do Rio de Janeiro que contam a História do Brasil
Castelo da Fiocruz Foto: Reprodução

6- Palácio Guanabara

Sede do governo estadual, este palácio de estilo eclético é um marco arquitetônico no bairro de Laranjeiras. Comprada pela família imperial em 1864, a edificação se tornou a residência da princesa Isabel e de seu esposo, o conde d’Eu, passando a ser conhecida como Palácio Isabel. Visitas especiais podem ser agendadas para conhecer seus salões e galerias.

7- Palácio Itamaraty

Embora seja a sede do Ministério das Relações Exteriores, em Brasília, o Palácio Itamaraty tem uma representação no Rio de Janeiro. Sua bela arquitetura modernista e seus jardins paisagísticos são abertos ao público em determinadas ocasiões. Alguns dos políticos mais importantes da história do Brasil residiram neste Palácio, como Deodoro da Fonseca, Floriano Peixoto e Prudente de Morais. O complexo arquitetônico abriga o Museu Histórico e Diplomático, o Arquivo Histórico, a Mapoteca e a Biblioteca do Itamaraty. No local funciona, também, o Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (Unic).

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Palácio do Itamaraty, no Rio de Janeiro – Wikipédia

8- Palácio da Justiça

Inaugurado em 1926, o edifício sediou a Corte de Apelação do Distrito Federal, mais alta instância do Poder Judiciário da época. Desde 2010, abriga o Centro Cultural do Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro. Seu acervo inclui inventários de membros da família imperial e de presidentes da República, além de milhares de processos judiciais, como o que trata do assassinato de Euclides da Cunha.

9- Palácio dos Arcos

Inaugurado em 1826, foi neste Palácio que a Princesa Isabel assinou a Lei do Ventre Livre, em 1871. Em 1937, o local se torna a Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

10- Palácio Gustavo Capanema

Projetado pelo urbanista Lucio Costa e tombado como patrimônio histórico pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o edifício é um marco da arquitetura moderna no Brasil. A frente do seu tempo, o projeto apostou no uso de pilotis, planta livre, terraço-jardim e janelas horizontais. Além do paisagismo de Roberto Burle Marx, o local conta com importantes murais e telas de Candido Portinari e, ainda, painéis de azulejos desenhados pelo artista.

11- Palácio da Cidade

Antiga residência do prefeito do Rio de Janeiro, este palácio oferece visitas guiadas para explorar seus salões decorados e aprender sobre sua importância na história política da cidade. Erguida entre 1947 e 1949, a construção de estilo georgiano surgiu para abrigar a embaixada do Reino Unido. Durante o período em que funcionou como embaixada, a Rainha Elizabeth II e o Príncipe Philip se hospedaram nas dependências do palácio, que também receberam a Princesa Diana, o Príncipe Charles e, mais recentemente, o Papa Francisco.

12- Palácio de São Clemente

Inaugurado em 1961, em Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro, o palácio é a residência oficial do cônsul-geral de Portugal na cidade. O projeto arquitetônico remonta um legítimo palácio barroco do século XVIII. Os painéis de azulejaria foram pintados à mão na fábrica Viúva Lamego, fundada em 1849 em Portugal.

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Palácio São Clemente

13- Palácio Pedro Ernesto

Sede da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, esse palácio neoclássico é conhecido por sua imponente fachada e salões ricamente decorados. Visitas guiadas são oferecidas para conhecer sua história e funcionamento.

14- Palácio São Joaquim

Localizado no centro histórico, este palácio é a sede do Conselho Municipal de Cultura. Sua arquitetura neoclássica e suas salas ornamentadas oferecem uma experiência única aos visitantes.

15- Castelo da Ilha Fiscal

Recentemente reaberto ao público, esse Palácio fica a um quilômetro do continente. Inspirado nas construções francesas do século XIV, em estilo neogótico provençal, o castelo foi inaugurado em 1889. Foi por causa da festa “O Baile da Ilha Fiscal” que os militares do Exército Brasileiro decretaram o fim da monarquia constitucional parlamentarista no dia 15 de novembro de 1889.

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Castelo da Ilha Fiscal

16- Palácio Tiradentes

Este magnífico edifício, localizado na Praça XV, é a sede da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro. Sua arquitetura neoclássica e seus salões adornados com obras de arte oferecem uma visão única da política local.

17- Palacete Linneo de Paula Machado

Localizado em Botafogo, a construção foi erguida por Eduardo Pallasim Guinle, patriarca da família Guinle no Brasil, fundador da Companhia Docas de Santos. Nela moraram Celina Guinle, filha do empresário, e o marido, Linneo de Paula Machado, com seus quatro filhos. Atualmente funciona a Casa Firjan.

18- Paço Imperial 

Com estilo barroco, o mais antigo dos palácios cariocas foi construído entre 1738 e 1743 para ser sede da Capitania do Rio de Janeiro, a partir da reivindicação de Gomes Freire por um alojamento mais condizente com a importância de seu cargo, governador e capitão-general da região.

19- Palacio de Cristal 

O palácio, construído na França, foi um presente para a Princesa Isabel realizar exposições de produtos agrícolas. Reformado em 1998, ainda mantém a estrutura e os pisos originais, mas o cristal foi substituído por vidro laminado. Mesmo assim, o palácio mantém a sua beleza. Hoje, o lugar é um ponto turístico e abriga exposições e feiras em Petrópolis, região serrana do Rio.

20- Castelo de Itaipava

Inicialmente conhecido como Castelo do Barão de Itaipava, ele foi construído pelo mesmo arquiteto de Brasília, Lúcio Costa. É o único palácio em estilo medieval com toque normando clássico das Américas. Construído na década de 20, com materiais trazidos da Europa, o imóvel foi a residência  de temporada da família  Smith Vasconcellos por quase 80 anos, até ser vendido em 2005 e se tornado um dos hotéis mais procurados da região.

Castelo de Itaipava foto Hugo Carneiro 25 castelos do Rio de Janeiro que contam a História do Brasil
Castelo de Itaipava – foto Hugo Carneiro

21- Palácio Rio Negro

Também localizado em Petrópolis, esse palácio se confunde com a história republicana. Inicialmente feito para ser residência do Barão do Rio Negro, em fins do século XIX, o local passou no início do século XX (1903) a ser residência de veraneio dos presidentes do Brasil. Atualmente o espaço é um Museu com entrada gratuita.

22- Palácio dos Correios

Localizado em Niterói, o Espaço Cultural dos Correios é hoje utilizado para exposições e mostras de cinema.

23- Palácio Quitandinha

É uma das primeiras construções vistas quando se chega em Petrópolis. Construído na década de 1940 para ser o maior cassino da América Latina, hoje o local oferece diferentes atrações culturais.Em frente ao prédio há um belíssimo lago, espaço especial para caminhadas agradáveis com vista maravilhosa e tranquila.

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Quitandinha em Petrópolis / Reprodução: Internet

24- Palácio Maçônico do Lavradio

Em estilo neoclássico, foi fundado em 1771, mas se tornou sede da loja maçônica em 17 de junho de 1822. Acredita-se que a planta original do prédio foi elaborada por Grandjean de Montigny. O Palácio Maçônico do Lavradio foi frequentado por D. Pedro I, declaradamente maçom, e teria sido o local onde o imperador planejou a independência do Brasil. O Palácio conta com uma biblioteca que tem um vasto acervo, destacando todas as Leis do Império, Bíblia de 1555, escrita em aramaico e doada a D. Pedro II pelo escritor Vitor Hugo, por ocasião de visita do Imperador à França.

25 – Castelo São Manoel

Localizado em Corrêas, Petrópolis, a construção tem estilo inglês da década de 1920 e foi a sede da Fazenda Olaria, que pertencia ao Padre Correia. O nome da região é uma homenagem ao dono do castelo.

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Castelo São Manoel – Foto Reprodução internet @mtbnaserra e fabian.kron

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Renata Granchi
Renata Granchi é jornalista e publicitária com mestrado em psicologia. Passou pela TV Manchete, TV Globo, Record TV, TV Escola e Jornal do Brasil. Escreveu dois livros didáticos e atualmente é diretora do Diário do Rio. Em paralelo, presta consultoria em comunicação e marketing para empresas do trade.

10 COMENTÁRIOS

  1. O nome é Palácio Gustsvo Capanema, por mais estranho que possa ser. Até mesmo os palácios modernistas de Basília tem uma estrutura bastante horizontalizada, diferenciando-se do primeiro que mais parece um prédiozão mesmo. Sede do Min. da Cultura e pronto. Ex-sede, aliás.

  2. Me perdoe, nas penso que o Sr está confundindo o Palácio Monroe com algum outro predio. O Monroe não era modernista, mas sim estilo eclético bem comum ao ” belle epoque” carioca; e o seu projetista não foi o Capanema, mas sim o arquiteto e engenheiro militar, Coronel Francisco Marcelino de Sousa Aguiar

  3. Palácio não é castelo, castelo não é palácio. No jornalismo desaprendemos até o óbvio.
    A propósito, visitar o palácio Monroe só é possível numa viagem física ao passado.

  4. Monroe? O demolido? E desde quando aquela porcaria modernista do Gustavo Capanema pode ser tratado como Palácio? É apenas um edifício modernista e quadradão como todos os outros.

    • O nome é Palácio Gustsvo Capanema, por mais estranho que possa ser. Até mesmo os palácios modernistas de Basília tem uma estrutura bastante horizontalizada, diferenciando-se do primeiro que mais parece um prédiozão mesmo. Sede do Min. da Cultura e pronto. Ex-sede, aliás.

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