40 anos de Sambódromo -As histórias de Machine, o Síndico da Passarela

Ele é o organizador dos ensaios técnicos e coordenador do processo de montagem do Sambódromo há mais de 25 anos. Para entrar ou sair da Avenida em época de Carnaval tem que passar pelo homem

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Pelo telefone, eu falava com José Carlos Machine. Ao fundo, ele dizia quem podia e quem não podia entrar no Sambódromo. Era dia de ensaio de comissão de frente. Esses treinamentos são secretos. Precisam ser guardados com todas as chaves possíveis para não atrapalhar os desfiles. O Síndico da Passarela faz isso muito bem. Essa e outras histórias serão contadas na última matéria da série #40 anos de Sambódromo.

Machine trabalha no Sambódromo desde a inauguração, em 1984. Foi faxineiro e nos anos 1990, recebeu o título de Síndico da Passarela.

Antes, ainda nos anos 1984 e 1985, a convite do então governador do Rio de Janeiro, Leonel Brizola, Machine trabalhou com as escolas mirins, que formaram grandes nomes da história do Carnaval carioca. O trabalho que exerce passa por algumas funções, mas a principal, junto com a Equipe Machine, é controlar quem entra e quem sai da Marquês de Sapucaí no período dos ensaios técnicos e dos desfiles do Carnaval.

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Entre os meses de novembro e maio, Machine praticamente mora na Sapucaí. Além dos citados ensaios das comissões de frente, baterias, alas coreografadas, casais de mestre sala e porta-bandeira também fazem seus treinos no Sambódromo antes do Carnaval e tudo é agendado e autorizado pela máquina de samba, como o Síndico é chamado.

Em seu perfil no Instagram, inclusive, Machine destaca que em viagem à França ganhou a alcunha de “La Machine du Samba”. É comum ver o Síndico rabiscando o chão da Sapucaí sempre que possível, entre um trabalho e outro. E como trabalha.

Nessas tantas décadas de Carnaval, Machine elegeu um momento feliz e um triste que marcaram sua história nos desfiles.

“Ver o Nelson Mandela na Avenida foi motivo de muita felicidade. O dia mais triste foi o acidente com o carro da Tuiutí”, conta.

Em uma situação inusitada, Machine, o responsável por controlar quem entra e quem sai do Sambódromo, acabou sendo barrado.

“Isso tem muito tempo. Nem lembro quando foi. Mas eu saí para comprar um lanche e quando voltei, me deixaram do lado de fora. Depois de um tempo resolveram e eu voltei para dentro, pro meu trabalho”.

Enquanto conversamos pelo telefone, Machine dizia quem podia ou não entrar na Sapucaí. Perguntou se eu já havia acabado com as perguntas. Disse que sim. Ele respondeu “fechou”. Ao, fundo, falou com alguém que estava no Sambódromo: “Você não vai entrar não. Não tem autorização”.

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