5 animais-celebridade do Rio: histórias curiosas que marcaram a cidade

Descubra a história de cinco animais que se tornaram celebridades no Rio de Janeiro, como o Macaco Tião, o Urubu do Maracanã e a Capivara da Lagoa.

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Foto Cleomir Tavares / Diario do Rio

O Rio de Janeiro não é apenas conhecido por suas paisagens deslumbrantes e personalidades ilustres, mas também por seus animais que se tornaram verdadeiras celebridades. De um macaco que quase virou prefeito a um urubu adotado como mascote, veja cinco histórias de animais que marcaram a cidade:

1 – Macaco Tião

O famoso Macaco Tião, que media 1,52m e pesava 70kg, era conhecido por seu temperamento mal-humorado e por atirar lama e excrementos nos visitantes do zoológico do Rio de Janeiro, onde era o xodó da década de 1980.

Em 1988, durante as eleições para a prefeitura, Tião recebeu mais de 400 mil votos em uma campanha de protesto, lançada pela revista Casseta Popular. Na época, a insatisfação com os políticos era tanta que o macaco acabou ficando em terceiro lugar na disputa, mesmo com a eleição sendo por cédulas escritas.

“A revolta era tanta que até um macaco era visto como alternativa melhor” — brincavam os eleitores da época.

Tião morreu em 23 de dezembro de 1996, aos 34 anos, devido a complicações de diabetes. Seu falecimento foi destaque na imprensa internacional, e a prefeitura decretou luto oficial de três dias.

2 – Pinguim Grosso

Pinguim Grosso 5 animais-celebridade do Rio: histórias curiosas que marcaram a cidade

Os pinguins que aparecem nas praias cariocas durante o inverno são figuras clássicas, resgatados por equipes como o coronel Marcos Silva, famoso por esse trabalho. Em 2006, um pinguim ganhou destaque: Pinguim Grosso, batizado em homenagem ao lateral italiano Fabio Grosso, que ajudou a Itália a vencer a Copa daquele ano.

Desidratado e com uma espinha de peixe presa na garganta, Grosso foi tratado por veterinários e devolvido ao mar dias depois. Nos 30 dias anteriores ao resgate, outros 57 pinguins foram recolhidos nas praias cariocas.

“É curioso pensar que, no calor do Rio, os pinguins chegam com hipotermia e precisam ser levados para estufas no zoológico” — comentam os bombeiros que participam das operações.

3 – Capivara da Lagoa Rodrigo de Freitas

Capivara da Lagoa Rodrigo de Freitas 5 animais-celebridade do Rio: histórias curiosas que marcaram a cidade

Em 2004, uma capivara tornou-se a atração da Zona Sul do Rio de Janeiro ao ser vista nadando na Lagoa Rodrigo de Freitas. A saga da capivara terminou de forma inusitada quando, após nadar até o Arpoador e escapar dos bombeiros, foi capturada à noite em Copacabana.

Após passar por exames veterinários, o animal foi solto em uma reserva ambiental próxima à Refinaria Duque de Caxias (Reduc). Depois disso, a capivara nunca mais foi vista, mas sua aventura permanece na memória dos cariocas.

4 – O urubu do Maracanã

Urubu do Maracan 5 animais-celebridade do Rio: histórias curiosas que marcaram a cidade

Em 1969, torcedores adversários do Flamengo chamavam os flamenguistas de “urubus” de forma pejorativa. Para reverter a provocação, três torcedores do Flamengo capturaram um urubu no lixão do Caju e levaram-no ao Maracanã durante um jogo contra o Botafogo.

“A ideia era soltar o urubu na entrada dos times, mas ele estava tão inquieto que o soltamos com o campo ainda vazio” — relembrou um dos torcedores.

O urubu sobrevoou o estádio e pousou no círculo central, levando a torcida rubro-negra à loucura. O Flamengo venceu a partida por 2 x 1, encerrando um jejum de quatro anos sem vencer o Botafogo. Desde então, o urubu se tornou o mascote oficial do clube.

5 – Tatuís das praias (R.I.P.)

Quem cresceu nas praias cariocas nos anos 1990 lembra dos tatuís, pequenos crustáceos que corriam pela areia e divertiam as crianças. Infelizmente, o aumento da poluição e o fluxo intenso de banhistas praticamente extinguiram os tatuís das praias da Zona Sul.

“Era a maior diversão para as crianças, mas hoje eles são apenas uma lembrança” — lamentam os frequentadores mais nostálgicos.

Os tatuís, que mediam no máximo 4 cm, agora são raridade, vítimas do impacto humano nas praias do Rio de Janeiro.

Esses cinco animais deixaram sua marca na história do Rio, e suas histórias continuam a ser contadas pelos cariocas com carinho e nostalgia. Baseado em texto de Marco Pinheiro.

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