Viva São Sebastião, o santo que morreu sem camisa pois sabia que ia ser padroeiro do Rio de Janeiro (trocadilho estilo ”Sensacionalista”). Contudo, há algumas curiosidades sobre o dia do nosso Santo Padroeiro que merecem ser contadas.
1 – O nome não é em homenagem ao Santo
São Sebastião é nosso padroeiro, mas o nome é devido ao rei-menino de Portugal, seu xará, Rei Sebastião de Portugal e Algarves. Em 1567, quando o Rio foi fundado, por Estácio de Sá, ele tinha apenas 9 anos de idade e quem mandou levantar a cidade foi sua avó, a rainha viúva Catarina da Áustria.
2 – O fundador do Rio foi flechado no dia do padroeiro
Estácio de Sá, assim como São Sebastião, também morreu por flechadas. No caso de Sá, por flechas envenenadas dos índios tamoios, aliados dos franceses. E a coincidência não para por aí: ele foi flechado exatamente no dia 20 de janeiro (mas só veio a falecer em 20 de fevereiro).
3 – São Sebastião teria aparecido e lutado ao lado dos portugueses
Diz a lenda que o próprio Santo apareceu de espada na mão para lutar ao lado dos portugueses na expulsão dos franceses durante a Batalha de Aruçumirim, em 20 de janeiro de 1567, no mesmo dia em que Estácio de Sá levou a flechada que o mataria.
A batalha fica onde hoje é a Glória. Seiscentos tamoios e 5 franceses morreram na batalha de Uruçumirim, e 10 franceses foram enforcados no dia seguinte à batalha. A disputa consolidou o domínio português no Rio, que era o objetivo da fundação da cidade.
4 – Dia era comemorado com muitas festas
Atualmente, não se celebra mais com muito entusiasmo o dia de nosso padroeiro. Mas, no período colonial e da monarquia, ”a festa de São Sebastião era celebrada com vibrante entusiasmo em que as comemorações oficiais se aliavam às manifestações populares. Salvas das fortalezas e dos navios, parada de tropas em grande gala, cerimônias religiosas com missa solene e sermão adequado, repiques de sinos, foguetório, janelas ajaezadas de colchas de damasco e tapetes do oriente, luminárias em todas as casas, danças populares em plena rua. Os festejos estendiam-se ao mar onde se efetuava um combate simulado, com fogos de artifício, entre dois grupos de embarcações, para rememorar a famosa batalha das canoas em que, segundo a lenda, o Santo em pessoa tomara parte, descendo à terra, vindo combater ao lado de seus devotos, na defesa da sua cidade. Com a vinda para o Rio de Dom João VI, rei beato por excelência, os festejos religiosos e oficiais adquiriram ainda maior pompa e brilho, iniciando-se na noite de 17 de janeiro”. (Fonte: ”Literatura & Rio de Janeiro”)
5 – Primeira igreja do Rio foi dedicada a São Sebastião
Ao Santo foi consagrada a primeira capela do Rio: uma igrejinha de taipa, coberta de sapé que Estácio se apressou em mandar levantar no primeiro sítio da cidade, ao sopé do Pão de Açúcar. Era a matriz, incipiente. E nela foi sepultado, de início, o próprio fundador. Transferida a cidade para o Morro do Descanso, que depois se chamou do Castelo, um dos primeiros cuidados de Salvador de Sá foi ali erguer a Igreja do Padroeiro, a Sé Velha, para onde foram trasladados os restos mortais de Estácio de Sá, hoje repousando na nova igreja de São Sebastião, sob a guarda dos Barbadinhos, na Rua Haddock Lobo, na Tijuca. (Fonte: ”Literatura e Rio de Janeiro”)
6 – São Pedro queria ser o padroeiro
Em um antigo comercial do RioSul, é mostrado com muito bom humor Deus criando o Rio de Janeiro e conversando com São Pedro, que pede para ser nosso padroeiro, mas ele já tinha prometido para o Tião.
Só uma observação.
São Sebastião não morreu por flechadas.
Engraçado as pessoas escreverem sem a preocupação do português. TRASLADO, e para pessoas VIVAS. TRANSLADO é para pessoas MORTAS. Vamos ter cuidado.
Infelizmente, o Rio de Janeiro nasceu sob a égide da matança e do extermino dos nossos primeiros habitantes. E assim, as ordens religiosas – jesuítas, beneditinos, carmelitas e franciscanos – e, a família Corrêa e Sá por quase 200 anos tornaram-se as grandes proprietárias de terras no Rio de Janeiro.
Bom dia
Só vquero fazer uma ressalva.
O Estácio de Sá fundou a Cidade do Rio de Janeiro em 01/03/1565 e não em 1567.
Obrigada.
Gostei muito das informações.
Obrigada