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Aviões segue sucesso de Carros e agrada sem ser chato ou didático demais

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Aviões segue sucesso de Carros e agrada sem ser chato ou didático demais

Você lembra do que gostava de brincar quando criança? Tem dois brinquedos que nunca saem de moda, entre todas as gerações – as bonecas e os carrinhos. Não foi a toa que a animação Carros fez tanta bilheteria e rendeu milhões de dólares em produtos licenciados.

Para expandir essa franquia super lucrativa, a Disney desengavetou o projeto Aviões. O longa seria lançado direto em DVD, mas acabou chegando às salas de cinema brasileiras.

O mundo de Aviões segue a linha de Carros, com veículos de transporte como personagens e o sucesso improvável do protagonista, que faz a gente torcer por ele mesmo sabendo como a estória vai terminar.

Aviões também acontece numa cidazinha do interior dos Estados Unidos muito parecida a Radiator Springs, de Carros. Dusty é um aviãozinho que trabalha pulverizando plantações e alimenta o sonho de participar de grandes corridas internacionais. Só que ele tem medo de altura e não tem melhor design para ser um campeão. Mas como diz a sabedoria popular, “quem tem amigos, tem tudo”, e o Dusty conta com o companheirismo de Chug. O amigo pede ajuda a Skipper, que não levanta voo há muito tempo por causa de um acidente. No entanto, ele aceita ser o mentor de Dusty nesta jornada.

Todos os aviões do filme são baseados em modelos reais. Dusty, por exemplo, é um Air Tractor AT-402 e Skipper é um Chance Vought F4U Corsair.

No original, os atores Val Kilmer e Anthony Edwards dublam os aviões Bravo e Echo. É uma homenagem ao clássico Top Gun, de 1986, em que eles interpretavam pilotos da Força Aérea.

E na versão em português, Ivete Sangalo empresta a voz para a aviãzinha baiana Carolina Santos Duavião, a paixonite do mexicano El Chupacabra.

O sobrenome da personagem de Ivete é uma menção ao nosso Santos Dumont, pioneiro da aviação.

A certeza de sucesso de Aviões era tão grande que a Disney produziu a sequência ao mesmo tempo. Em Aviões 2: Herois do Fogo ao Resgate, Dusty descobre que está com um problema mecânico sério. Ou seja, adeus corridas! Ao mesmo tempo, o aeroporto pega fogo e um velho amigo, caminhão bombeiro, não consegue apagar.

Para evitar que o aeroporto seja interditado, Dusty assume uma nova missão. Ele sofre algumas adaptações e frequenta a escola de bombeiros, onde é treinado e realocado para a brigada aérea de incêndio. O seu mentor é o helicóptero veterano Blade Ranger, que tem um passado glorioso. No dia-a-dia do combate ao fogo, Dusty entende o verdadeiro significado da palavra herói. Ganha também um par romântico: a engraçada hidroavião Dipper, dublada pela comediante Tatá Werneck na versão brasileira.

A substância vermelha que jorra dos aviões foi utilizada pelo Serviço Florestal dos Estados Unidos por 50 anos para criar uma linha de contenção em torno do incêndio.

E o nome do caminhão de bombeiros Pulaski homenageia Ed Pulaski, um guarda florestal dos Estados Unidos.

Ele é o inventor de uma ferramenta muito útil, metade machado, metade enxada, que pode ser usada tanto para cavar o solo quanto para cortar madeira.

A franquia aviões não tem o mesmo acabamento visual dos blockbusters da Pixar nem dos clássicos Disney, mas distrai a criançada com um roteiro leve e personagens carismáticos.

Os dois filmes deixam mensagens interessantes de sacrifício em nome da amizade e um discurso ecológico, sem ser chato ou didático demais.

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