Estudantes adolescentes de Nova Iguaçu criam projeto de estação de tratamento de esgoto residencial

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Os 6 estudantes criadores do projeto - Foto: Marcos Serra Lima/G1

Paralelamente à crise da água que o Rio de Janeiro viveu (e ainda vive) neste início de 2020, 6 estudantes de uma escola de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, com idades entre 13 e 15 anos, atuam há 9 meses num projeto que seria útil em ajudar a despoluir rios que abastecem Guandu.

Eles desenvolveram uma estação de tratamento de esgoto com foco residencial e, por isso, participarão de uma competição de robótica, apresentando o projeto.

No surgimento da ideia, primeiramente, os alunos se questionaram como poderiam melhorar a qualidade da água presente no Rio Botas, localizado ao lado da Escola Firjan Sesi Nova Iguaçu, onde estudam.

O rio, poluído, acaba desaguando em Guandu e, de lá, a água vai para as residências da região.

Luna Portella, de 13 anos, uma das idealizadoras do projeto, explicou o processo de tratamento:

”O processo consiste em 3 etapas: a mecânica, química e biológica. A primeira serve para retirar os resíduos físicos da água. O carvão ativado serve para tirar o odor e sabor [etapa física]. E as mídias biológicas são cápsulas de cerâmica que possuem bactérias que decompõem os compostos nitrogenados”, disse a estudante.

”No final, é possível tanto devolver a água para a natureza em melhor qualidade quanto para o encanamento de serviço da residência para utilizar nas atividades de reuso”, complementou Luna.

Já Arthur Mello, de 14 anos, disse ainda que a água do Rio Botas foi observada de diversas maneiras. Os estudantes, até chegarem ao resultado final, realizaram testes dos níveis de pH, alcalinidade, cloro e índice de carbono.

Projeto participa de competição de robótica

Os 6 alunos foram aprovados a participar da etapa regional de uma competição de robótica, que teve início nesta sexta-feira (06/03), em São Paulo. A equipe se chama Wild Lions (em português, Leões Selvagens) e o projeto tem como nome Utare (Unidade de Tratamento de Água Residual).

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Catarina e Leonardo fazendo testes – Foto: Arquivo Pessoal

”A nossa meta é conseguir um desempenho melhor do que na etapa regional para conseguir, pelo menos, ir para uma etapa internacional. Nosso foco mesmo é ficar entre os 10 primeiros. Sonhar alto nunca é demais, é sempre bom manter um pensamento positivo e otimista quando a gente está participando de um torneio tão competitivo assim”, disse ainda nesta sexta Leonardo Tone, de 13 anos.

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