Reunião na Alerj debate maneiras para combater o coronavírus no RJ

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Foto: Octacílio Barbosa

Nesta sexta-feira (06/03), foi realizada no plenário do Palácio Tiradentes uma reunião visando combater o coronavírus no Rio de Janeiro.

A criação de um plano de contingência para todos os órgãos públicos, incluindo escolas e grandes eventos, está entre as ações abordadas na audiência pública conjunta da Comissão de Saúde, da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), com a Comissão Externa de Acompanhamento das Ações Preventivas e Consequências sobre o coronavírus da Câmara Federal.

Pesquisadora da Fiocruz, Margareth Dalcolmo projeta uma expansão dos casos de Coronavírus no Brasil, mas ressalta que isso não é motivo para causar pânico na população. Segundo ela, o Ministério da Saúde elaborou um plano de Contingência e a Fiocruz está alinhada com as diretrizes do plano.

”A doença chegará ao Brasil e teremos vários casos. Cerca de 80% deles serão leves, por isso não há razão de pânico”, ressaltou.

Margareth sugeriu que pessoas que chegarem de viagem de locais onde haja surto da doença façam uma quarentena voluntária e não saiam de casa por 14 dias. De acordo com a pesquisadora, a antecipação da vacinação contra a Influenza vai facilitar o trabalho dos médicos.

”A medida é uma forma de auxiliar os profissionais de saúde a descartarem influenza na triagem de casos para o coronavírus”, disse.

A presidente da Comissão de Saúde da Alerj, deputada Martha Rocha (PDT), disse que o isolamento voluntário seria uma ferramenta útil para conter o vírus, mas segundo ela, a realidade da população não é simples.

”Temos famílias de 4, 5 pessoas que dividem um cômodo. O fato é que as secretarias de saúde precisam criar um outro tipo de espaço para acolher essas pessoas”, afirmou.

A parlamentar anunciou também a riação de um comitê de monitoramento com a participação da Alerj, das secretarias municipal e estadual de Saúde, das Universidades e da Fiocruz.

”O objetivo é acompanhar as estratégias que serão adotadas para o enfrentamento do vírus”, pontuou.

O 1º caso do coronavírus no estado foi confirmado nesta quinta-feira (05/03), em Barra Mansa, no Sul Fluminense. A Secretaria de Saúde investiga mais 79 casos suspeitos. Segundo o secretário, Edmar Santos, apesar das dificuldades do isolamento domiciliar a estratégia é a mais adequada para os pacientes com sintomas brandos.

”Estamos seguindo o plano de contingência do Ministério da Saúde, o isolamento domiciliar é a forma mais segura de conduzir. Os casos graves é que contarão com isolamento nas unidades hospitalares”, disse.

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Edmar Santos – Foto: Octacílio Barbosa

Santos anunciou que, em breve, 220 leitos serão disponibilizados.

O presidente da comissão da Câmara Federal, deputado Dr. Luizinho (PP-RJ), disse que o colegiado está agindo para destinar verbas para os estados mais afetados caso haja uma epidemia.

”A comissão da Câmara se reunirá com o Ministro da Saúde e vamos ter uma previsão do orçamento. A nossa proposta é de divisão per capta desses recursos. A gente quer que os recursos sejam distribuídos de forma equânime, em caso de epidemia, e claro que os estados afetados receberão maior valor”, informou.

Mas, segundo o parlamentar, esse não é um problema financeiro, mas um problema gerencial, de planejamento.

”Precisamos ter um plano de contingência diferenciado. No nosso estado o isolamento domiciliar pode ser um pouco mais difícil, por isso é importante alertar as autoridades, falar sobre estratégias. Temos hoje no mundo crianças afastadas da sala de aula, esta é uma realidade que pode chegar até a gente. Qual será o plano de enfrentamento das secretarias de educação? Nosso papel é alertar e cobrar os gestores”, ressaltou.

O presidente do Conselho Regional de Medicina (Cremerj), Sylvio Provenzano, lembrou que a taxa de mortalidade do coronavírus ainda é baixa, cerca de 2,4%, salientando a importância das medidas de prevenção.

”Lavar as mãos, manter pelos menos um metro de distância de alguém com sintomas gripais e, se sentir coriza, dor no corpo, evitar sair de casa”, informou.

As deputadas Mônica Francisco (PSol) e Enfermeira Rejane (PCdoB) também participaram da reunião.

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