O Mercadão de Madureira, um dos símbolos do Subúrbio Carioca e considerado Patrimônio Imaterial do Estado do Rio de Janeiro desde 2018, vai se consolidando também como um estabelecimento focado na economia ecologicamente correta.
Desta vez, após o uso, por exemplo, de medidas para reaproveitar água e estimular a reciclagem, o local passou a ter, este mês, um teto solar com 3.500m². Nesta área, anteriormente, havia somente um telhado para proteção contra a chuva.
O investimento do Mercadão na iniciativa é de cerca de R$ 3 milhões, podendo gerar, em 25 anos, uma economia de aproximadamente R$ 60 milhões. Ao todo, são 1.759 placas solares, com potência para projetar 677.215 quilowatt pico (kwp).
“A energia solar é uma forma limpa, porque não produz resíduos poluentes e gases de efeito estufa. Ela é sustentável porque é gerada por um processo natural que se repõe constantemente, diferentemente das hidrelétricas, que precisam inudar áreas quilométricas e destroem o ecossistema de um lugar”, explicou Daniel Tolentino, CEO da Vento Sul Engenharia, responsável pela instalação dos painéis.
Cerca de 30 profissionais trabalharam por 4 meses na instalação da estrutura, que é uma das maiores da cidade.
Porém, como dito anteriormente, o Mercadão de Madureira já se destacava no quesito “medidas sustentáveis”, e a instalação do teto solar não foi seu primeiro ato.
Em 2009, o centro comercial, por conta de seu projeto de reutilização de água da chuva, recebeu o prêmio de Mérito Ambiental do Museu Histórico do Exército.
Outra situação importante relacionada ao contexto “ecologicamente sustentável” que o Mercadão realiza é o tratamento primário de efluentes, retendo resíduos sólidos que são recolhidos e levados à estação de tratamento da Companhia Estadual de Águas e Esgotos, localizada no Caju, na Zona Portuária da cidade – a parte líquida semi tratada é devolvida à natureza.
Já os papéis e papelões do Mercadão são recolhidos, prensados e levados à reciclagem.
“É possível ter lucro sendo ecologicamente correto. Quando se fala de meio ambiente, as empresas já pensam no gasto, mas eu já vejo como economia. Com o painel, economizamos em energia elétrica. Com o recolhimento do óleo e de material reciclável, não precisamos gastar dinheiro com ninguém para recolher, já economizamos R$ 23 mil reutilizando água. A gente economiza e ainda colabora com o meio ambiente”, disse Antônio Tanque, síndico e vice-presidente da Associação do Mercadão.