Péssimas notícias para o Estado do Rio de Janeiro, com a briga entre a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e a Rússia, o preço do barril do petróleo caiu 30% e chegou ao valor de US$ 34 no domingo, 8/3. Tal queda, de acordo com Ricardo Bruno/Agenda do Poder, sugere expressiva baixa na arrecadação de royalties no Estado do Rio de algo em torno de R$ 8 bilhões. Em 2019, com petróleo em média a US$ 60 , o Rio amealhou R$ 14 bilhões de royalties. A alta da moeda americana de R$ 4 para R$ 4,6 reduz a perda mas não a neutraliza.
Ricardo Bruno diz que o barril pode chegar a US$ 20 e lembra de 2016, quando o petróleo chegou a US$ 28 dólares e o Governo do Estado arrecadou apenas R$ 3,4 bilhões de royalties. A máquina pública estadual quase parou: servidores ficaram sem receber, viaturas da polícia sem combustível, hospitais semiparalisados.
No artigo, o jornalista faz a correlação entre os royalties e a saúde econômica do Estado do Rio, veja a série histórica dos últimos 5 anos: Em 2014, o Estado arrecadou R$ 8,7 bi; em 2015 ( quando a Lava jato implodiu a Petrobras concomitantemente com a queda de preços decorrente do xisto americano), R$ 5,2 bilhões; 2016 (quebra geral do Estado durante governo Pezão), R$ 3,4 bilhões; 2017, R$ 7,1 bilhões; 2018, (elevação da produção do pré-sal) R$ 13,4 bilhões e 2019, R$ 14 bilhões.
Já passou da hora do Rio deixar de ser dependente do petróleo, e partir para um trabalho sério de investimentos na área de serviços e ficar livre das flutuações do mercado internacional.
Não vi em quê o RJ se beneficiou com os royalties do petróleo, pois o quê fizeram deles, senão inflar a máquina administrativa de funcionários dos políticos e enriquecimento ilícito de administradores? E sem contar o ICMS escorchante cobrado do povo da região, o que torna o preço dos combustíveis um dos maiores do país. Que sina ruim tem esse Estado!
À exceção de Maricá, que pelo ao menos está asfaltando a cidade toda, o restante da região que recebe royalties, faz a mesma coisa, empregar correligionários e parentes, assim como Araruama, um antro de lama e buracos.
E o governo federal faz a reforma que quer sem efetivamente reformar coisa alguma. Fará permanecer os mesmos privilégios tributários cujos resultados sempre foram vistos: concentração de Recursos na União
O pior é que todos esses anos arrecadando royalties, não vemos nenhum resultado em investimentos. Cidades como Campos, Macaé, Rio, Cabo Frio e Niterói eram pra ser as melhores cidades da América latina, e não passam de verdadeiros favelões.