Em novo boletim, a Secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro, informou que até a tarde desta segunda-feira (09/03), há 8 casos confirmados do coronavírus e 123 suspeitos no estado do Rio de Janeiro. Os locais de residências dos pacientes foram identificados da seguinte maneira:
Local de residência | Casos suspeitos | Casos confirmados |
Angra dos Reis | 2 | |
Barra Mansa | 7 | 1 |
Barra do Piraí | 3 | |
Belford Roxo | 1 | |
Duque de Caxias | 2 | |
Itaboraí | 1 | |
Maricá | 2 | |
Mendes | 2 | |
Niterói | 18 | 1 |
Petrópolis | 2 | |
Pinheiral | 1 | |
Resende | 2 | |
Rio Bonito | 1 | |
Rio das Flores | 1 | |
Rio de Janeiro | 58 | 6 |
São Gonçalo | 4 | |
São Pedro da Aldeia | 1 | |
Teresópolis | 1 | |
Valença | 3 | |
Volta Redonda | 3 | |
Exterior | 7 | |
Local de residência em investigação | 1 | |
Total | 123 | 8 |
Além de uma paciente em Barra Mansa e duas no Rio de Janeiro que já haviam sido divulgadas pela secretaria, a secretaria confirmou nesta segunda-feira (09/03) cinco novos casos do Covid-19. Com isso, o número passou de três casos confirmados para oito no estado. Os novos pacientes são três homens (de 27, 42 e 70 anos) e duas mulheres (de 56 e 61 anos) que residem em Niterói (1) e Rio de Janeiro (4). Todos estão em isolamento domiciliar e apresentam estado de saúde estável.
Os pacientes retornaram de viagens à Europa, entre os dias 3 e 5 de março, com passagem por países como Itália, Portugal, Espanha, Suíça, Holanda, Israel, Egito e Grécia, apresentando febre, tosse e mialgia, entre outros sintomas. Quatro deles recorreram à rede de saúde particular e um recebeu atendimento médico domiciliar.
– Reforço que, até o momento, continuamos sem transmissão ativa do vírus no Rio de Janeiro. Os casos confirmados até agora são importados do exterior. Permanecemos no Nível Zero do nosso plano de contingência. Alerto a população para os cuidados para prevenir o contágio, como higienizar as mãos com frequência e evitar levá-las ao rosto – explica Edmar Santos, secretário de Estado de Saúde.
O secretário esclarece ainda que técnicos da secretaria analisam o comportamento do vírus no Hemisfério Sul, como grau de transmissibilidade e letalidade.
Desde janeiro a secretaria vem se preparando para a chegada do vírus. No dia 27 daquele mês, a secretaria emitiu nota técnica sobre o novo coronavírus e, dias depois, apresentou um plano de contingência que define as ações a respeito da doença, alinhado com protocolos do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Plano de contingência
No mês passado, a secretaria elaborou e definiu um plano de contingência para enfrentar uma possível epidemia de coronavírus no Estado do Rio.
O plano tem a intenção de sistematizar ações e procedimentos de responsabilidade da esfera estadual de governo. Os demais níveis de acionamento (um, dois e três) são organizados de acordo com parâmetros epidemiológicos, como números de casos.
O primeiro objetivo estratégico do plano de contingência é intensificar medidas de segurança para conter a transmissão humano a humano, incluindo as infecções secundárias entre pessoas próximas e profissionais de saúde.
Caso uma pessoa apresente sintomas e sinais de doenças respiratórias, ela será identificada imediatamente, isolada e atendida da forma como preconizam a OMS e o Ministério da Saúde.
Casos notificados X casos suspeitos
Notificados – Ainda não é considerado como caso suspeito, já que depende de avaliação de critérios definidos pelas autoridades sanitárias.
Suspeitos – Caso atende aos critérios das autoridades e será confirmado ou descartado com base em análise laboratorial.
Organização da resposta a um possível surto
– Nível Zero – Casos importados notificados ou confirmados.
– Nível de Ativação 1 – Transmissão autóctone de Coronavírus no estado do Rio de Janeiro.
– Nível de Ativação 2 – Transmissão sustentada na Região Metropolitana do Estado do Rio de Janeiro.
– Nível de Ativação 3 – Quando as ações e atividades orientadas para serem realizadas no Nível 2 de ativação forem insuficientes como medidas de controle e para a organização da rede de atenção na resposta. E, ainda, quando a rede de atendimento definida for incapaz de atender à demanda. Caso o surto chegue a esse nível, além de todas as unidades citadas anteriormente, será criado pela Secretaria de Estado de Saúde um hospital de campanha e as Forças Armadas serão acionadas. Haverá ainda a utilização de leitos em unidades especializadas, com a suspensão de cirurgias eletivas.
Infelizmente os canalhas agentes públicos não informam, ao menos, os bairros onde esses pacientes se encontram, com a “boa vontade deles”, aguardando em casa…