Por acusação de corrupção passiva, fraude em licitação e falsidade ideológica, o ex-prefeito da cidade do Rio de Janeiro, Eduardo Paes virou réu na Justiça Federal. Acusação é relacionada a suposto direcionamento na licitação pra construção do Complexo de Deodoro para as Olimpíadas de 2016.
De acordo com a denúncia, quase R$ 120 milhões foram desviados numa das principais obras para as olimpíadas. Outras 23 pessoas, além de Eduardo, viraram rés.
A denúncia diz, ainda, que a construção de todas as arenas custou R$ 660 milhões e um único consórcio formado pelas construtoras Queiroz Galvão e OAS venceu a licitação.
Segundo o MPF, o favorecimento para um consórcio de empresas ocorreu na licitação para a construção das arenas da área norte do complexo – um terreno de 1 milhão e 640 mil metros quadrados, equivalente a 230 campos de futebol.
Nesta região, estão o estádio olímpico de canoagem, o centro olímpico de BMX; o parque de mountain bike, a arena Deodoro; a arena de pentatlo e rúgbi, o centro nacional de hóquei e o centro nacional de tiro.
Em nota, Eduardo Paes diz que a denúncia é “absurda” e que em nenhum momento os procuradores o acusam de receber valores de qualquer natureza (leia a íntegra abaixo).
“A absurda denúncia feita pelo MPF em nenhum momento acusa o Sr. Eduardo Paes de ter recebido valores, de qualquer natureza, de quem quer que seja. Nem mesmo o delator disse que Eduardo Paes teria praticado atos de corrupção.
Causa muita estranheza que uma denúncia frágil e absurda como essa surja exatamente quando Eduardo Paes anuncia ser pré-candidato à Prefeitura e lidera as pesquisas de intenção de voto. Paes reafirma que jamais favoreceu ou exigiu contrapartida de quem quer que seja, no seu mandato como Prefeito, conforme diversos depoimentos prestados ao Ministério Público, por colaboradores, em delações premiadas feitas pelas maiores empreiteiras do país.
Eduardo Paes confia na justiça do país e tem convicção de que a denúncia será rejeitada”.