Cônsul do Suriname morre no Hospital Rio Mar: suspeita de coronavírus e negligência médica

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O Rio Mar Hospital foi acusado pelo cônsul falecido de abandono. A família irá processar o Hospital.

O Cônsul Honorário do Suriname, Jorge González Sebá, faleceu na última quarta feira, no Rio Mar Hospital da Barra da Tijuca. A grave suspeita é que o administrador tenha morrido de COVID-19, após uma grave pneumonia dupla e insuficiência respiratória. Jorge tinha 60 anos de idade e era diabético, e foi internado porque sentiu muita falta de ar, e febre alta. Um primeiro teste feito quando de sua internação deu positivo para o novo coronavírus.

Tudo não passaria de mais uma terrível tragédia ocasionada pela nova doença. Porém, o jornal O Globo teve acesso a uma gravação do cônsul em que o próprio denunciava o hospital de cometer graves infrações ao juramento de Hipócrates. Sebá se disse completamente abandonado dentro do estabelecimento, que pertence à Rede D’Or. A família confirmou os fatos.

“Ninguém Atende”

Segundo gravações do então paciente, ele teria sido isolado de tal forma dentro do hospital, que foi deixado sujo de fezes durante 48 horas e não conseguia sequer acesso a água potável, para hidratar-se. Segundo especialistas, é muito importante que o paciente de COVID-19, assim como de qualquer gripe, tome muito líquido. “Tive que implorar um dia inteiro para que alguém pudesse trazer um copo para eu beber água”, afirmou na gravação.

Sebá também afirmou, no áudio, que o patinho utilizado para colher sua urina não era trocado, e que se sentia totalmente “infectado”, sem receber nenhum tipo de atenção da equipe do hospital. “Me deixaram aqui sem informação, isolado, como se fosse um bicho. Eu me esgoelo, eu grito, eu chamo as pessoas, ninguém atende. Tenho dificuldade até para urinar” protestou, ainda vivo, o cônsul.

González Sebá concluiu que as pessoas da equipe médica e de enfermagem do hospital evitavam chegar perto dele por medo de contrair a COVID-19. Disse compreender o medo das pessoas, mas não entendia porque não era atendido de uma forma que fosse segura para todos.

A família de Sebá disse que irá processar o Hospital, e o advogado da família Fernando César Almeida, confirmou os fatos narrados e que a família irá buscar reparação do Hospital, que afirmou em nota que o paciente “recebeu todo o atendimento possível”.

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4 COMENTÁRIOS

  1. Meu marido trabalhou nesse hospital e nunca fui atendida nele. Nunca quis me levar à emergência. Agora sei o motivo. Para falar a verdade, meu eu desejo ser atendida nele. Fui visitar uma amiga internada e não gostei nem um pouco do que vi. Para quem paga plano de saúde e deseja um tratamento mais humano, embora todos necessitam, deixa a desejar.

  2. Um hospital particular! Ele não estava em um lugar aleatório, pedindo favor, estava em um hospital particular!! Não há justificativa, não há. Hospital Rio Mar, precisamos guardar bem esse nome.

  3. Um absurdo um hospital deste porte tratar um paciente PAGANTE desta forma. A equipe agiu com desleixo e ignorância. Muito despreparo da equipe médica e da gerência do hospital. Se eu passar mal de qualquer coisa que seja quero ficar bem longe desse hospital.

  4. Suspeita de negligência médica não. Certeza, sim.

    Veja que por um dia inteiro ficou sem água e ainda deixado às próprias fezes, pode dias.

    Se com um Consul ocorre isso, que dirá com um de nós, pobres pessoas comuns.

    Se fosse atendido num hospital público do SUS talvez fosse atendido com menos recursos, porém, tratado com mais humanidade

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