O compositor e escritor carioca Aldir Blanc, de 73 anos, morreu por causa da Covid-19, na madrugada desta segunda-feira (4/05). O artista estava internado no Hospital Universitário Pedro Ernesto, em Vila Isabel, Zona Norte do Rio.
No dia 10 de abril, o compositor deu entrada na CER do Leblon com infecção urinária e pneumonia, que evoluíram para um quadro de infecção generalizada.
Cinco dias depois, a partir de uma campanha de amigos e artistas para conseguir um leito na rede pública de saúde do Rio, Blanc foi transferido para o Hospital Pedro Ernesto.
Na unidade, chegou a apresentar sinais de melhoras, mas como seu estado era muito grave, foi mantido sedado o tempo inteiro.
Vascaíno e salgueirense, Blanc deixa um legado culturas inestimável para a música e a literatura. Autor de vasta obra artística, como “O Bêbado e a Equilibrista”, feita com João Bosco e eternizada na voz de Elis Regina.
Felipe Lucena, diretor de redação do DIÁRIO DO RIO, conta uma história sobre Aldir: “Eu escrevia para uma revista de música, a Choro Carioca, e fui entrevistar Cristóvão Bastos, parceiro de Aldir Blanc na música ‘Resposta ao tempo’. Cristóvão disse que Aldir, ao ouvir a música no piano, pegou papel e lápis e, imediatamente, escreveu a letra, como se tivesse chegado de forma divina. Algo incrível para uma poesia desse nível. Agora, com certeza, ele vai fazer dessas divindades em outro plano”.