No início da tarde desta quinta-feira (04/06), você leu aqui no DIÁRIO DO RIO que a Prefeitura havia liberado os cerca de 14 mil vendedores ambulantes oficialmente licenciados a retomar seus trabalhos na cidade. Eles deveriam seguir as recomendações de higiene, como utilização constante de máscaras de proteção e álcool gel 70%, mas estariam aptos a trabalhar sem nenhum tipo de ”burocracia”.
Pois bem, depois da polêmica em torno do assunto e da opinião de especialistas em relação ao risco que os camelôs correm devido à possibilidade de aglomerações entre eles próprios, a Prefeitura reviu a situação. A partir de agora, os ambulantes serão fiscalizados tanto pela Guarda Municipal quanto pela Subsecretaria de Vigilância e Fiscalização Sanitária, vinculada à Secretaria Municipal de Saúde.
Caso estejam desrespeitando as determinações, os vendedores em conformidade com a lei irão perder o crachá de identificação disponibilizado pelo município e os ilegais terão suas mercadorias apreendidas.
”As medidas de agora são mais restritivas ao comércio ambulante das que já existiam. No decreto de faseamento, os ambulantes que estavam autorizados a trabalhar nessas áreas [orla, areia, feiras e mercados populares], agora não vão poder trabalhar. A grande liberação do comércio ambulante não é fato. Apenas 40% do comércio ambulante autorizado da cidade do Rio de Janeiro pôde voltar a trabalhar”, disse o coordenador de Controle Urbano do Rio, Eduardo Furtado.
Nesta quinta, inclusive, agentes da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop) estiveram no camelódromo da Uruguaiana, no Centro do Rio, para fiscalizar e impedir que houvesse comercialização de produtos considerados não essenciais, evitando, assim, aglomerações na região.