A próxima sexta-feira, 12 de junho, é marcada, no Brasil, pelo Dia dos Namorados. A simbólica e romântica data é, historicamente, sinônimo de celebração presencial entre os casais. Este ano, entretanto, devido ao isolamento social, consequência da pandemia do Coronavírus, as comemorações tendem a ser adaptadas a esse novo momento que estamos vivendo.
Além de restaurantes e barzinhos, um dos locais preferidos dos casais para celebrar a data é a ida a motéis. Segundo a Associação Brasileira de Motéis (ABMotéis), diferentemente do que muitos pensam, pessoas em relacionamento estável – casados, noivos ou namorados – são a maioria do público que frequenta assiduamente esse tipo de estabelecimento no país, representando um total de cerca de 71%.
Falando especificamente do Rio de Janeiro, você leu aqui no DIÁRIO DO RIO no dia 30/03 que os motéis cariocas, liberados a funcionar desde o início da quarentena, haviam ficado com público bastante reduzido em relação ao período anterior ao isolamento social. De lá para cá, porém, o panorama, de maneira geral, deu uma melhorada e o movimento, haja vista a situação que estamos passando, pode ser considerado bom, até.
Tomando como base 2 motéis da cidade (que preferiram não ser identificados), um na Zona Oeste e outro na Zona Norte do Rio, ambos os estabelecimentos têm operado com menos quartos, para não haver prejuízo e para evitar aglomeração de pessoas nos locais. Além disso, seus funcionários que continuam trabalhando – alguns foram colocados de férias – têm álcool gel à disposição e só podem trabalhar de máscara.
”A casa está com um movimento bom se considerarmos que está funcionando com pouco mais da metade dos quartos. Desde o início da pandemia, o movimento vem subindo aos poucos”, conta o gerente do hotel da Zona Oeste, Umberto.
”Nem sempre os clientes vêm de máscara, mas os funcionários têm que usar. Todos, sem exceção. Outro dia, um garçom estava com tosse, daí falei para ele ir ao médico. Ele agora está em casa, com suspeita de Coronavírus. Estamos tomando todos os cuidados”, informa Carlos, responsável pelo hotel da Zona Norte.
Em relação ao Dia dos Namorados, os 2 gerentes acreditam que será uma comemoração bem aquém se comparada aos anos anteriores. Todavia, devido à flexibilização do isolamento, autorizada tanto pela Prefeitura do Rio quanto pelo Governo do Estado, Umberto e Carlos creem que os motéis terão uma movimentação maior do que se a simbólica data fosse celebrada, por exemplo, em março ou abril.
Em contato com o DIÁRIO DO RIO, a ABMotéis disse que, por ser um ambiente privativo e ”sem contato”, o setor vem recebendo hóspedes para diárias e pernoites. Além da garagem privativa, uma vez que as pessoas têm viajado mais de carro, essa procura, segundo o órgão, deve ser ainda mais evidenciada no Dia dos Namorados em razão das restrições impostas a restaurantes, teatros e demais estabelecimentos de que ofereçam atividades de lazer para casais.
Em relação ao protocolo de segurança, a associação, corroborada pelo site ”Guia de Motéis”, disse que ”sempre se preocupou com a higiene e com a proteção de clientes e colaboradores, que essa preocupação se intensificou ainda mais com a pandemia e que foi disponibilizado para todos os associados um manual exclusivo sobre a Covid-19, reforçando ainda mais a importância de um ambiente limpo e seguro tanto para os clientes quanto para os funcionários”.