Cariocas das classes mais altas passaram a doar mais após a pandemia, revela pesquisa

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Uma pesquisa realizada pelo think tank cRio da ESPM, sobre o comportamento solidário das pessoas durante a pandemia da Covid-19, aponta que, mesmo antes da crise, metade dos entrevistados realizavam doações esporádicas aos longo do ano e que 32% deles mantinham um compromisso mensal de ajudar pessoas ou instituições filantrópicas. Mais de 60% dos entrevistados revelaram ter aumentado o volume de doações após o início do isolamento social.

As mudanças no cenário econômico, com aumento de desemprego e perda de renda, porém, alteraram os volumes doados por moradores do Rio de Janeiro de acordo com a classe social. Segundo Karine Karam, pesquisadora do cRio ESPM, pessoas com renda acima de 15 salários mínimos mensais passaram a doar mais após a pandemia. No outro espectro, pessoas com renda mensal de até três salários mínimos tiveram de reduzir os recursos doados.  

Uma pequena parcela da amostra consultada — 3% — disse ter reduzido a ajuda prestada por falta de confiança nas instituições para as quais os recursos são destinados.

Isso explica, em parte, o fato de 62% dos entrevistados afirmarem que se sentem mais confortáveis em ajudar pessoas próximas ou conhecidas. Dinheiro, em espécie ou por meio de transações bancárias, é a forma preferida para 93% dos que disseram já ter realizado doações nesse período. Seguido de roupas (53%), alimentos (43%) e cestas básicas (21%).

O estudo do cRio ESPM foi realizado de forma on-line, entre os dias 29 de junho e 5 de julho, com 200 moradores do Rio de Janeiro.

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