Venda de imóveis no Rio cresce mais de 40% no mês de junho

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Foto: Riotur

Uma pesquisa feita pelo Secovi Rio (Sindicato da Habitação do Rio de Janeiro), mostra que a cidade do Rio, em especial o setor imobiliário, aos poucos vai se recuperando do impacto econômico provocado pela crise do novo Coronavírus. O levantamento, que teve como base informações da Prefeitura do Rio, aponta que as vendas de imóveis residenciais cresceram cerca de 41% na Capital Fluminense, comparando-se as 2.145 unidades vendidas em junho com as 1.515 de maio.

A notícia positiva animou o mercado, que enfrenta um cenário completamente atípico, por conta do colapso financeiro gerado pela pandemia da Covid-19 e, que, num primeiro momento, afastou os compradores dos imóveis. Contudo, a retomada de bons resultados se torna uma realidade cada vez mais crível, mesmo os números ainda sendo inferiores, na comparação com os anos anteriores.

Lucy Dobbin, superintendente de vendas da Sérgio Castro Imóveis, uma das principais empresas do mercado imobiliário do Rio, comentou sobre a diferença no panorama dos primeiros meses da pandemia, para o momento atual.

Nos primeiros meses de pandemia, de março a maio, com as incertezas quanto ao avanço da covid, quanto aos impactos de suas restrições na economia, na perda de empregos, na sobrevida de inúmeras empresas, vimos um cenário de grande insegurança que afetou diretamente o mercado imobiliário. Com isso houve uma retração das intenções de compra e da intenção de venda dos proprietários de imóveis. Ultrapassada esta fase inicial, já em junho, o cenário era outro: Por um lado, a necessidade de muitos se desfazerem de seus imóveis e aceitarem ofertas, diminuindo os preços de pretendidos para venda, por outro lado, depois de muito tempo confinados, surgiu a demanda por imóveis mais ajustados as necessidades de espaço das famílias ou indivíduos, e a grande oferta pelos bancos de linhas de crédito super atrativas, com taxa de juros nunca antes praticada”, esclarece Dobbin, que também destacou a volta dos investidores ao mercado imobiliário.

Mesmo em períodos de pouca liquidez, esse retorno oferece como grande atrativo a segurança, comparativamente aos outros investimentos que , no mesmo período, caíram abruptamente e realizaram prejuízo, como por exemplo, as ações ou o investimento em renda fixa, cuja rentabilidade está cada vez mais baixa”, justificou.

Bairros da Zona Oeste encabeçam a lista de imóveis residenciais mais vendidos

Os dados do Secovi Rio, também revelam que a Zona Oeste foi a região onde se observou o maior número de vendas de imóveis residenciais. Dos cinco bairros com mais transações, quatro ficam na região. As áreas que mais venderam foram: Barra da TijucaRecreio dos BandeirantesJacarepaguáCopacabana e Campo Grande.

Veja o ranking no quadro abaixo:

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Zona Oeste foi onde concentrou a maioria das transações residenciais em 2020 (Foto: Secovi Rio)


André Toledo, diretor da Block Imóveis, empresa do ramo imobiliário com negócios focados na Zona Oeste do Rio, explica que os preços praticados no Recreio dos Bandeirantes, por exemplo, são similares a de localidades como Irajá, Tijuca e Méier, o que ajuda a explicar o sucesso da região entre os clientes e o alto índice de vendas no trecho.

Hoje o bairro do Recreio oferece qualidade de vida totalmente diferenciada e, em meio a muitas belezas naturais. Pelo mesmo preço que você mora no Méier, você mora no Recreio, debruçado a uma das praias mais belas do mundo. Além disso você tem o Recreio Presente, que tornou o bairro ainda mais seguro e, hoje, os créditos estão muito convidativos. Isso vem trazendo uma procura de pessoas muito grande de fora para vir morar no Recreio“, comenta Toledo, que celebra o bom momento das vendas nos últimos meses.

Nós estamos com um aumento significativo dos nosso negócios, nós sentimos isso em junho, quando batemos o nosso recorde de vendas, e, em julho, batemos o recorde de junho. Em agosto esperamos novamente superar as expectativas. O mercado está super aquecido e estamos trabalhando muito“, comemora.

Secovi Rio otimista

Maurício Eiras, coordenador estatístico da Secovi-RJ, diz que o resultado gera otimismo para o segundo semestre do ano e reforça que o cenário mais desafiador, entre março e maio, conseguiu ser superado.

O isolamento social trouxe reflexos para vários setores e gerou grande insegurança, especialmente nos meses de março e abril. Mas a flexibilização da quarentena e o retorno das atividades econômicas possibilitaram novas negociações e contratos, o que traz otimismo ao mercado e mais oportunidades”, salientou.

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