Os preços dos imóveis residenciais subiram 0,28% em julho, em média, no Brasil, de acordo com o Índice FipeZap, que avalia as tendências do mercado imobiliário. Entretanto, a alta ficou abaixo da inflação esperada para o mês, de 0,36%, segundo o Banco Central (BC). A maioria das capitais brasileiras monitoradas pelo indicativo registrou alta de preço no período. Contudo, três delas tiveram queda nos preços anunciados: Recife (-1,72%), Campo Grande (-0,12%) e Rio de Janeiro (-0,10%). Já as maiores altas foram Brasília (+1,92%), Belo Horizonte (+0,60%) e João Pessoa (+0,51%).
No acumulado do ano até julho, os preços anunciados dos imóveis têm alta nominal de 1,39%, abaixo da variação de +0,46% esperada para o IPCA no período. Já em 12 meses, há uma queda real de 1,15% nos preços dos imóveis, com alta 1,13% nos preços e de 2,31% na inflação do período.
Em 12 meses, São Paulo mostra uma valorização de 2,65% nos imóveis, enquanto o Rio de Janeiro teve uma desvalorização de 1,06%. Apesar disso, o Rio de Janeiro se mantém como a capital com o preço do m² mais elevado (R$ 9.313/m²), seguida por São Paulo (R$ 9.167/m²) e Brasília (R$ 7.635/m²).
Entre as capitais monitoradas com menor valor médio de venda residencial por m² no mês, incluem-se: Campo Grande (R$ 4.251/m²), Goiânia (R$ 4.320/m²) e João Pessoa (R$ 4.334/m²).
Lucy Dobbin, superintendente de vendas da Sérgio Castro Imóveis, uma das principais empresas do mercado imobiliário do Rio, diz que a Capital Fluminense, merecidamente, ainda tem o status de capital com metro quadrado mais caro do Brasil, em função das suas belezas naturais, mas, infelizmente, vem sofrendo com a desvalorização por conta do abandono e dos desgovernos.
“O mercado Imobiliário do Rio reage, conforme o bairro, de forma bastante diferente. O número de imóveis ofertados para venda em toda Zona Oeste, especialmente Barra, Recreio, e Jacarepaguá, que já era imenso, bateu recordes e isso derrubou os preços dos imóveis em toda procurada região. Mas, mesmo na Zona Sul da cidade, onde a procura sempre foi maior que a oferta, os preços dos imóveis que estavam há muito tempo a venda, começaram a ser ajustados para venda. O tempo de espera por uma recuperação de mercado, frustrou as expectativas de muitos proprietários que diminuíram o valor de partida, pedido para venda. Também a oferta de muitos lançamentos na região, ainda que com metragens menores, porém com grandes atrativos de conveniência para moradores, fizeram os preços dos demais imóveis, mais antigos, reduzirem e se ajustarem a realidade de mercado“, explica.