Empresa vencedora da licitação para construir e operar o Autódromo Internacional do Rio de Janeiro, em Deodoro, na Zona Oeste da capital fluminense, a Rio Motorpark não irá mais construir edifícios no local. A informação foi divulgada na última sexta-feira (21/08), via assessoria de imprensa.
De acordo com a nota oficial, a empresa enviou uma carta à Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade (Seas). Nela, a Rio Motorpark informa sua desistência em relação à construção de qualquer tipo de empreendimento predial no espaço referente à contrapartida mostrada no edital de concorrência à licitação.
”Com isso, cerca de 810 mil metros quadrado do terreno – o equivalente a 75 campos de futebol – serão inteiramente utilizados em favor da adoção de práticas conservacionistas e preservacionistas em prol do patrimônio natural”, diz um dos trechos do comunicado.
No documento, vale destacar, a Rio Motorpark diz ser a favor de que, no referido local, haja o desenvolvimento de projetos ambientais como, por exemplo, a manutenção do patrimônio biótico e a criação de centros de estudos em interpretação ambiental e de recuperação de animais silvestres. Além disso, a empresa também solicita que tais sugestões sejam incluídas como condição em relação à licença que será expedida pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea).
Ambientalista diz que proposta da Rio Mortorpark não melhora em nada a situação
Integrante do movimento SOS Floresta do Camboatá, que luta contra a construção do Autódromo de Deodoro, o ambientalista Beto Mesquita afirmou que a novidade proposta pela Rio Motorpark não muda em nada a situação. Segundo ele, o autódromo trará sérios danos
”Essa manifestação da Rio Motorpark não muda em absolutamente nada, nem o empreendimento nem o projeto em si. O impacto, do ponto de vista ambiental e social para o entorno, não melhorou em nada. O autódromo, com o seu enorme impacto sobre a floresta, é inaceitável. Não existe nenhum tipo de mitigação ou compensação nessa manifestação da empresa. Parece mais uma tentativa de marketing, de tentar ‘esverdear’ esse autódromo, que vai desmatar uma área de Mata Atlântica nativa, habitat de espécies ameaçadas de extinção”, disse Beto Mesquita.
Live sobre a construção do autódromo
No último dia 13/08, o DIÁRIO DO RIO promoveu uma live com a jurista e professora Sonia Rabello para debater a questão da construção do Autódromo de Deodoro.
Ex-vereador do Rio, Sonia é uma das principais vozes contra a obra, que acabaria desmatando cerca de 200 mil árvores e acabaria com o último trecho plano de mata atlântica na capital fluminense.
É muito bonito falar em mata atlântica, preservação (que é muito importante para a gerações futuras).
Mas o que será daquela área se o autódromo não for construído? Provavelmente vai virar um lixão, como já se vê na Estrada do Camboatá, e toda a área será tomada por invasões, transformando-se em mais uma comunidade no Rio de Janeiro.
Se o autódromo for construído?
Trará significativa melhora para o entorno, com avanços nas vias de acesso, beneficiando toda população, que anseia pela concretização desse projeto.
Quem não é a favor, com certeza não é morador das redondezas.
Só alguem mto inocente pra acreditar nessa empresa.
Ela mesma faz licitação.
A empresa é criada 11 dias antes da licitação com um capital social ínfimo.
Ela concorre sozinha no processo licitatorio e ganha a licitação que ela mesma redigiu.
Tem algo mto errado com esse projeto.
E não adianta vir posar de defensora do meio ambiente pq qualquer outro terreno proposto pro autodromo ela nega.
A mamata nesse projeto continua… e quando todo mundo esquecer, ela dá um jeito de lotear a area pra fazer MCMV.
Desculpa esfarrapada e todos os entes de governo (federal, estadual e municipal) participando ativamente dessa vergonha.