Ex-braço direito de Witzel, Lucas Tristão pode fazer delação premiada para escapar da cadeia

Citado na deleção premiada do ex-secretário de Saúde do RJ, Edmar Santos, Tristão estaria disposto a contar bastidores de negociações pouco transparentes do Governo do Estado

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O ex-secretário Lucas Tristão (à esquerda) e o governador Wilson Witzel Divulgação/VEJA.com

Segundo informações do site Agenda do Poder, Lucas Tristão, ex-homem de confiança do governador afastado Wilson Witzel, seria simpático a possibilidade de fazer uma delação premiada para se livrar da prisão. Tristão, é um dos alvos da Operação Tris in Idem, e foi preso pela Polícia Federal no último dia 28 de agosto, quando se apresentou na sede da instituição.

Ainda segundo o portal, ele estaria disposto a revelar detalhes sobre as negociações dos restos a pagar de 2019. Além de acordos pouco transparentes com a Refinaria Refit, de Ricardo Magro. Este capítulo atinge em cheio o seu ex-amigo Medina Osório. Advogado do grupo Refit, Medina Osorio teria sido o facilitador dos interesses da empresa junto ao governo do estado, através de Lucas Tristão.

Um dos acordos com a Refit envolveu a renovação das licenças de operação da refinaria junto à secretaria de Meio Ambiente e ao Inea. Estavam todas vencidas e foram renovadas, em tempo recorde, após os acordos de Tristao com os intermediários da empresa. Ao que tudo indica, ele quer revelar minuciosidades destas transações ao Ministério Público.

O ex homem de confiança de Witzel estaria disposto a contar detalhes das negociações, ocorridas nas dependências da Firjan, onde recebia empresários, detentores de dívidas em restos a pagar, aos quais solicitava o percentual de 30% supostamente para pagar dívidas da campanha de 2018.

Também nestas operações ele envolve Medina Osorio, que teria sido indicado para representar algumas das principais empresas credoras do governo do estado.

Há outras abordagens sobre episódios de corrupção no preliminar esboço de delação de Lucas Tristao. Segundo um fonte com livre trânsito junto a ele, os contratos da primeira-dama, Helena Witzel, arquitetados e redigidos por ele, também serão esmiuçados em sua colaboração, se confirmada.

Tristão foi aluno do governador afastado Wilson Witzel e assumiu, na gestão dele, uma secretaria estratégica, a de Desenvolvimento Econômico, Energia e Relações Internacionais.

Ele acabou exonerado após desgaste com a Alerj e pela ligação com Mário Peixoto, de quem foi advogado — e foi denunciado por corrupção pela PGR.



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