Atual governador do RJ, Cláudio Castro teria recebido dinheiro de propina, diz investigação

Depoimento de ex-funcionário de uma empresa que supostamente fraudava licitações revela propina paga a Cláudio Castro antes dele ser governador

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Cláudio Castro, governador em exercício do RJ - Foto: Reprodução/Internet

A Operação Catarata, que apura supostos desvios de contratos de assistência social tanto no Governo do Estado quanto na Prefeitura do Rio, ganhou mais um capítulo importante. Isso porque, segundo depoimento prestado por Bruno Salem, ex-funcionário de uma empresa que, de acordo com a investigação, era utilizada para fraudar licitações, o atual governador em exercício do RJ, Cláudio Castro, recebeu pagamento de propinas

Vale ressaltar que não apenas Salem, mas vários outros investigados na operação também têm relações com Cláudio Castro, mesmo antes dele assumir o comando do Poder Executivo Estadual. O atual governador, porém, não está sendo investigado pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), devido ao foro privilegiado.

Desde que o início da gestão de Wilson Witzel no Governo do RJ, em janeiro de 2019, o então vice-governador Cláudio Castro ficou responsável por gerenciar alguns órgãos da administração estadual, como o Detran e a Fundação Leão XIII.

Depois da primeira fase da Operação Catarata, ocorrida em julho do ano passado, a ex-secretária de Assistência Social do governo Witzel, Fabiana Bentes, chegou a solicitar uma intervenção na fundação – algo que nunca aconteceu. A Leão XIII só saiu da ”tutela” da vice-governadoria esta semana, já com Cláudio Castro à frente – interinamente – do Governo Estadual, voltando a ser subordinada à Secretaria de Assistência Social.

As investigações sobre suposta corrupção na Fundação Leão XIII mostram a proximidade de alguns denunciados com Cláudio Castro tanto em nível municipal quanto estadual.

Uma foto, por exemplo, mostra o governador em exercício sentado a uma mesa de bar com Pedro Fernandes, secretário de Educação. Pedro, inclusive, foi preso na última sexta-feira (11/09), embora as acusações apontem para a época em que comandava a Secretaria Estadual de Tecnologia e Desenvolvimento Social nas gestões de Sérgio Cabral e Luiz Fernando Pezão.

A Fundação Leão XIII, vale ressaltar, era vinculada à secretaria de Pedro. A investigação aponta que o secretário ficava com 20% do valor de contratos assinados – valor referente à propina, segundo o MPRJ.

Como argumento em sua defesa, Cláudio Castro disse que não é objeto desta investigação.

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