De acordo com a denúncia do empresário Edson Torres, apontado como operador de Pastor Everaldo, à Procuradoria-Geral da República (PGR), em 2017, antes de Wilson Witzel deixar a magistratura, dois operadores do pastor repassaram R$ 980 mil para garantir que ele “se mantivesse” por cerca de dois anos caso largasse o cargo de juiz federal e perdesse a eleição. O apoio precoce, segundo a PGR, se traduziu em poder de Everaldo dentro da secretaria de Saúde após a vitória de Witzel nas urnas.
Além disso, empresário afirmou que que a “caixinha de propinas” instituída dentro da Secretária de Saúde do governo Wilson Witzel (PSC) arrecadou R$ 50 milhões entre janeiro de 2019 a junho de 2020.
Nesta segunda-feira, 14/09, uma nova denúncia apresentada pela subprocuradora Lindôra Araújo aponta Witzel e o presidente do PSC, Pastor Everaldo por associação criminosa. Eles fariam parte do “núcleo político” do grupo, responsável por lotear e direcionar verbas públicas em troca de propinas.
O esquema, de acordo com a Procuradoria, repete o que havia sido feito nas gestões anteriores de Sérgio Cabral (MDB) e Luiz Fernando Pezão (MDB), presos da Lava Jato. Witzel seria “o novo rosto” do grupo e teria contado com apoio de Pastor Everaldo, um “veterano da corrupção”, segundo a PGR, antes mesmo da eleição.